terça-feira, 24 de abril de 2012

Palestra "A convivência com os diferentes" – Escola de Pais (29/04/2012)

No dia 29 de abril do corrente ano, às 9h, teremos na Escola de Pais do GEPE – Sede Piedade a palestra com o tema "A convivência com os diferentes". A palestra será ministrada por Délio Pinheiro, que é  trabalhador do GEPE.
Divulgue e Participe!

terça-feira, 17 de abril de 2012

ESTUDO DO DIA 22/04 – RELACIONAMENTOS DO ADOLESCENTE FORA DO LAR

Texto que estudaremos no próximo domingo dia 22/04:

Tema: RELACIONAMENTOS DO ADOLESCENTE FORA DO LAR


Nestes dias de rápidas mudanças no mundo — sociais, econômicas, psicológicas, morais e culturais — mesmo os adultos experientes sofrem dificuldades de ambientação. A celeridade dos acontecimentos, as ocorrências imprevistas, as transformações radicais surpreendem a todos, impondo aceitação e adaptação aparentes, sem que ocorra a compreensão do que sucede, facultando a absorção desses fenômenos perturbadores. Em razão disso, cada criatura se preocupa com a própria realidade, raramente dispondo de espaço mental e emocional para outrem, seja o parceiro, o familiar, o amigo...
Criando um círculo de relacionamento superficial, evita aprofundar os vínculos da afetividade fraternal, porque se encontra assinalada pelo condicionamento do prazer sexual, como se todas as expressões do sentimento devessem converterse em comportamento dessa natureza.
Os interesses mesquinhos em predominância assustam, e cada qual procura defenderse da agressão desnecessária do outro, da competição cruel e desonesta do seu próximo, que lhe deseja tomar o lugar, utilizandose de recursos ignóbeis, desde que triunfe...
Justificandose preservação da identidade, da intimidade, cada indivíduo busca precatarse dos demais e refugiase no egoísmo, disfarçando socialmente os seus conflitos e procurando conquistar ou manter o lugar que lhe parece constituir meta, como forma de realização pessoal.
A família, que se deveria apresentar harmônica, por falta de estrutura dos pais, principalmente, que se encontram aturdidos nos próprios conflitos, transformase em um campo de choques emocionais, nos quais os filhos se tornam as vítimas imediatas.
Insegurança, medo, tormento conflitam as mentes em formação, e a falta de amparo afetivo dos genitores atira os jovens na busca de outras experiências e outros padrões que sejam compatíveis com as necessidades que experimentam.
Não encontrando, no lar, a compreensão ou a amizade segura, buscam nos amigos, igualmente instáveis e sem formação ética, o relacionamento, o entendimento, a linguagem para a convivência, poupandose ao drama da solidão, da apatia, da depressão.
Por outro lado, devido à necessidade da conquista de identificação pessoal, fora dos padrões impostos pela família, assim como da afirmação sexual, desconfiam dos valores adotados no lar, buscando relacionamentos que compatibilizem com as suas aspirações, formando grupos de afinidade ideológica e comportamental.
No lar, às vezes, pais indiferentes aos seus problemas, ou dominadores, que não lhes respeitam as transições fisiológica e psicológica, frustram os seus ideais e os tornam inaptos para uma existência madura, harmônica e responsável.
A afirmação do “si” leva o jovem a enfrentar as barreiras domésticas impeditivas, os fatores agressivos e desequilibrantes, apresentandose como rebelde e violento; através dessa conduta arrebenta os grilhões que lhe parecem aprisionar em casa. Noutras vezes, uma aparente resignação asfixia a revolta natural que lhe brota no íntimo, vindo a tornálo melancólico mais tarde, subserviente, receoso, despersonalizado, que para sobreviver na sociedade se adapta a todas e quaisquer circunstâncias, sem jamais realizarse.
Tornandose taciturno, tende a patologias conflitivas de transtorno neurótico como psicótico, graças às frustrações que não sabe digerir, interiorizandose e tomando horror pela sociedade, que lhe representa o grupo social do lar turbulento e instável onde vive.
Os jovens da década dos anos cinquenta foram denominados como geração silenciosa, vítimas da Segunda Guerra Mundial, dos distúrbios emocionais e sociais da Guerra Fria e das incertezas proporcionadas pelos muitos conflitos localizados em diferentes países, particularmente no sudeste da Ásia, em um período no qual aparentemente, o mundo estava em paz...
Esses conflitos gerais refletiamse na insegurança que predominava na sociedade, nos governos, nas Instituições, sendo absorvidos pelos jovens que, não sabendo como lidar com a alta carga de emoções desordenadas, silenciaram, buscaram refúgio no mundo íntimo, assumindo postura soturna, sem expectativa de triunfo, sem solução de fácil ou significativa conquista.
Na década seguinte, a de sessenta, face ao desgoverno reinante nos países do denominado Primeiro Mundo e às constantes ameaças de destruição que pairavam no ar, em toda parte, surgiu a geração do desespero, do consumo de drogas alucinógenas, aditivas, da música ensurdecedora que expressava sua revolta, da pintura agressiva, do sexo desvairado. A solidão vivida pelos jovens levouos a formarem tribos, a realizarem espetáculos de música desesperada, de promiscuidade comportamental, de agressividade, dando nascimento ao período hyppie...
A socialização da criatura humana, quando não se dá em alto padrão de equilíbrio, tende a fazerse perturbadora, sem estrutura ética, tombando no desvario que leva à delinquência, porque o homem e a mulher são intrinsecamente animais sociais.
Tornase urgente a reestruturação da família, que jamais será uma instituição falida, porque é a pedra angular da sociedade, o primeiro grupo onde o ser experimenta a dádiva do convívio, da segurança emocional, da experiência moral.

É compreensível, portanto, que o adolescente realize a busca de novos relacionamentos fora do lar, sejam eles conflitantes ou não, a depender da tendência do mesmo, das suas aspirações e afinidades, onde experimentará a autorrealização, dando início ao futuro círculo social de amigos no qual se movimentará.
Há, em todas as criaturas, e no jovem especialmente, necessidade de novas experiências, que não tenham lugar na família, e o grupo humano é o grande e oportuno laboratório para as pesquisas e vivências que irão completarlhe o desenvolvimento e amadurecimento social, moral e emocional.
Não seja, pois, de surpreender, que o adolescente pareça fugir do lar para a rua na busca de novos relacionamentos. Quando a família lhe oferece segurança e compreensão, ele amplia o seu grupo de relações sem rupturas domésticas, adicionando outras pessoas da mesma faixa etária e aspirações idênticas, que conviverão em harmonia e progresso, sem clima de fuga ou de agressividade.
Esse é um passo decisivo para estruturação do caráter, da personalidade e do amadurecimento do adolescente, que se desenvolve, para o mundo em constantes mudanças de maneira saudável e equilibrada.
Estimularlhe o desenvolvimento na criação de grupos de sadio relacionamento social é tarefa que compete aos pais também, em benefício de uma formação equilibrada na área do comportamento dos filhos.

Fonte de Pesquisa: Franco, Divaldo P., pelo espírito Joana de Angelis. Adolescência e Vida. Disponível em  http://www.luzespirita.org.br/leitura/pdf/L102.pdf. Capturado em 17/04/2012.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

ESTUDO DO DIA 15/04 – DIFERENÇAS RELIGIOSAS

Texto que estudaremos no próximo domingo dia 15/04:

Tema: DIFERENÇAS RELIGIOSAS


O aspecto religioso da família constitui-se em um dos pilares mais potentes para a sustentação do casamento, no entanto, não raro, acontecem situações em que a religião é um ponto discordante entre os cônjuges e, às vezes, entre estes e a família.
Antes de abordar o assunto, é interessante colocar algumas afirmações importantes: Emmanuel (2) afirma que "o casamento implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma à outra, no campo de assistência mútua", e... "atendendo aos vínculos do afeto, surge o lar, garantindo os alicerces da civilização".
Kardec (4) comenta as duas espécies de família: as famílias ligadas pelos laços espirituais e, as ligadas pelos laços corporais, demonstrando que as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos espíritos, enquanto que as segundas, se extinguem com o tempo e, muitas vezes, se dissolvem moralmente, já na existência atual.
No livro "O Consolador", Emmanuel (1) esclarece que a melhor escola ainda é o lar e que os pais espíritas cristãos não podem esquecer de seus deveres de orientação aos filhos.
A estas afirmações poderíamos acrescentar o princípio da reencarnação que a Doutrina Espírita nos oferece para facilitar o nosso entendimento sobre as dificuldades de relacionamento na nossa vida.
Com bases nestas afirmações podemos deduzir que as diferenças existentes entre os cônjuges ou entre eles e a família, no tocante à religião, é uma aresta a ser trabalhada com muito carinho, compreensão e bom senso, porque a influência religiosa dá o equilíbrio e o alicerce ao lar.
Partimos da premissa que situações como estas devem ser devidamente esclarecidas na fase pré-casamento para que não ocorram ressentimentos, e isso se faz de maneira bastante simples quando se entende que somos espíritos em diferentes graus de evolução, espiritualmente comprometidos, unidos por um vínculo afetivo e com a responsabilidade de desempenhar uma função educadora e regenerativa.
Se não houve o devido esclarecimento na fase pré-casamento e há a instalação do problema, é necessário que se defina alguns pontos importantes: a função da religião no lar e como introduzi-la.
Quando existe a divergência entre os cônjuges, o exercício do amor, da compreensão e da fé será de grande valia para despertar entre ambos a confiança e, isto pode ser realizado na convivência diária e na realização do Evangelho no lar onde se faz a prece, a leitura e o comentário evangélico, com a possibilidade de ambos externarem suas opiniões.
Na eventualidade do espírita conviver com a família não espírita, devemos partir do princípio que nem todas as pessoas nutrem os mesmos sentimentos e que, não podemos esperar que elas tenham as reações que nós esperamos que tenham. Cada ser apresenta a sua individualidade, cada um tem a sua experiência, e nestes casos, em se tratando de família, há necessidade de compreendermos que, como espíritas, não devemos estimular o proselitismo, e sim praticarmos os conceitos que a Doutrina Espírita nos oferece e, de maneira oportuna (não oportunista) esclarecermos as dúvidas com bom senso, demonstrando que o respeito mútuo também é um importante fator quando se quer conviver bem e evoluir.


Fonte de Pesquisa: Carneiro, Tânia Maria Farias e Barreto, Eryka Florenice Pinheiro (organizadoras). Guia Útil dos Pais – Uma Abordagem Educacional Espírita – 2ª Edição – Fortaleza – CE: Edições GEPE – Grupo Espírita Paulo e Estevão, 2004. (Área de Ensino). 60 a 61p.

terça-feira, 3 de abril de 2012

ESTUDO DO DIA 08/04 – A SEMEADURA DO AMOR

Texto que estudaremos no próximo domingo dia 08/04:

Tema: A SEMEADURA DO AMOR


Quando uma alma vos chega às mãos, encerrada no corpo tenro de uma criança, não penseis que se trata de um ser amorfo, para se modelar segundo o figurino que trazeis em mente. A alma que vos chega é semente que volta ao solo da matéria, para germinar uma nova personalidade, mas guarda a reminiscência de todas as personalidades frondosas que já foi, de todos os jardins que já habitou... O Espírito humano em si mesmo é uma semente de divindade, cuja promessa de acabamento e realização se renova a cada revivescência no mundo – a cujo desabrochar completo, apenas o suceder dos milênios vai assistir.
Mas quão pouco cuidado, quão pequena reverência, ofertamos ao Espírito que vem habitar um novo corpo! Deveríamos nos sentir honrados pela confiança divina ao depositar em nossas mãos uma alma que se torna novamente embrionária, para reacordar em novas condições! Deveríamos corresponder ao crédito que a Providência nós dá, permitindo-nos a oportunidade de ajudar a cultivar o jardim espiritual de um outro ser, pelo processo da Educação! Deveríamos ser agradecidos à benção de receber na forma de filho, neto, aluno – na aparência suave da criança – um Espírito companheiro, um irmão em humanidade, um peregrino da evolução!
E, no entanto, tantas vezes, tornamos essa bendita oportunidade um fato corriqueiro, cujo deslumbramento inicial vai pouco a pouco se esvaindo na rotina morna do cotidiano. E vamos transformando a graça de receber um Espírito e a oportunidade de ajudar em sua Educação, na desgraça da indiferença, que vai resultar na catástrofe do fracasso...
É preciso, pois, para ser educador, com a dignidade que esse título merece, jamais perder o encantamento de olhar o outro – o outro-educando – nunca deixar o gosto de descobri-lo, o prazer de cultivá-lo, a graça de reencontrá-lo e de nos tornarmos determinantes em sua vida. Quando digo determinantes, não quero dizer que nos cabe determinar sua personalidade e seu destino. Ao invés, mais eficaz será nossa influência, quanto maior papel tivermos exercido para a criança se descubra a si própria, se desvende como portadora de talentos inatos, como dona de sua alma e como cumpridora do destino que a trouxe à terra, para edificação de si própria!
Quanto mais soubermos orientar para que o Espírito se ache, se aperceba de si, mais inesquecível será a nossa presença na vida de alguém. E só conquistamos esse poder de entregar o educando a si mesmo, na medida em que nosso amor o acompanhe nessa descoberta de si! Amar é desvendar o mistério profundo do ser – e só aproxima do outro ser humano com o condão mágico do amor, terá a sabedoria de alça-lo à altura de si mesmo, de ajudá-lo a abrir as portas de seus tesouros mais  ocultos.
Que supremo regozijo o de quem consegue amar alguém a ponto de se tornar uma referência vital para o progresso da alma amada! Que único e verdadeiro poder o de ter a capacidade de entregar o outro a si mesmo, ao que ele tem de melhor dentro de si! As mães têm naturalmente o germe desse poder – que deve ser purificado de suas feições possessivas, para atingir a sublimidade do completo sacrifício de si. Nunca vistes assassinos e tiranos se aquietarem enternecidos no colo materno? Ora, é porque o amor maternal pode alcançar o que há de divino, mesmo no Espírito mais empedernido!
Mas todos podemos e devemos desenvolver esse amor, dentro de nossas almas, pois ele é o reflexo de Deus em nós. Quem não busca possuir esse amor não pode se dedicar ao ato sagrado da Educação. Porque o educador verdadeiro só consegue extrair a luz mais recôndita de seus discípulos pelo fórceps desse amor, que se empenha pelo ser amado, mas nunca o violenta.
Porfiai por conquistar essa dilatação íntima, que consiste em primeiro lugar numa reverência profunda pela humanidade, numa comunhão íntima com Deus, o Criador que se espelha em todas as criaturas, num sair constante de si mesmo, para buscar o coração alheio... Feliz de quem conhece esse estado de espírito e esparge o perfume desse amor ao redor de seus passos – esse não conhece o cansaço, a ingratidão não o atinge, e todos os esforços feitos ele os entrega a Deus, o único zelador das sementes semeadas, o único depositário dos frutos que não nos pertencem... Quem assim educa não está preocupado com o resultado imediato de seu empenho, mas sabe entregar à eternidade a esperança da frutificação!...

Fonte de Pesquisa: Incontri, Dora – A Educação Segundo o Espiritismo – São Paulo: Edições FEESP, 1997. 47 a 49p.