sábado, 22 de fevereiro de 2014

DOMINGO DIA 23 DE FEVEREIRO2014: PALESTRA

Olá pessoal,

No próximo domingo teremos palestra. O palestrante será o nosso companheiro Augusto Fernandes. Ele é trabalhador do GEPE e orador espírita. O tema será A família e o jovem clamam em direção ao bem. Conto com a presença de todos(as), bem como com o apoio de vocês para divulgação.

Abraço
Dário
 
Dário
Coordenador da Escola de Pais
GEPE Piedade

sábado, 15 de fevereiro de 2014

TEXTO PARA ESTUDO DOMONGO DIA 16 DE FEVERERO DE 2014

O ADOLESCENTE DIANTE DA FAMÍLIA

Incontestavelmente, o lar é o melhor educandário, o mais eficiente,  porque as lições aí ministradas são vivas e impressionáveis, carregadas de  emoção e força. A família, por isso mesmo, é o conjunto de seres que se unem  pela consangüinidade para um empreendimento superior, no qual são  investidos valores inestimáveis que se conjugam em prol dos resultados felizes  que devem ser conseguidos ao largo dos anos, graças ao relacionamento entre  pais e filhos, irmãos e parentes.
Nem sempre, porém, a família é constituída por Espíritos afins, afetivos,  compreensivos e fraternos.
Na maioria das vezes, a família é formada para auxiliar os equivocados a se recuperarem dos erros morais, a repararem danos que foram causados em outras tentativas nas quais malograram.
Assim, pois, há famílias-bênção e famílias-provação. As primeiras são aquelas que reúnem os Espíritos que se identificam nos ideais do lar, na compreensão dos deveres, na busca do crescimento moral, beneficiando-se pela harmonia freqüente e pela fraternidade habitual. As outras são caracterizadas pelos conflitos que se apresentam desde cedo, nas animosidades entre os seus membros, nas disputas alucinadas, nos conflitos contínuos, nas revoltas sem descanso.
Amantes que se corromperam, e se abandonaram, renascem na condição de pais e filhos, a fim de alterarem o comportamento afetivo e sublimarem as aspirações; inimigos que se atiraram em duelos políticos, religiosos, afetivos, esgrimindo armas e ferindo-se, matando-se, retornam quase sempre na mesma consangüinidade, a fim de superarem as antipatias que remanescem; traidores de ontem agora se refugiam ao lado das vítimas para conseguirem o seu perdão, vestindo a indumentária do parentesco próximo, porque ninguém foge dos seus atos. Onde vai o ser, defronta-se com a sua realidade, que se pode apresentar alterada, porém, no âmago, é ele próprio.
A família, desse modo, é o laboratório moral para as experiências da evolução, que caldeia os sentimentos e trabalha as emoções, proporcionando oportunidade de equilíbrio, desde que o amor seja aceito como o grande eqüacionador dos desafios e das dificuldades.
Invariavelmente, por falta de estrutura espiritual e desconhecimento da Lei das reencarnações, as pessoas que se reencontram na família, quase sempre, dão vazão aos seus sentimentos e, ao invés de retificar os negativos, mais os fixam nos painéis do inconsciente, gerando novas aversões que complicam o quadro do relacionamento fraternal.
As vezes, a afetividade como a animosidade são detectadas desde o período da gestação, predispondo os pais a aceitação ou à rejeição do ser em formação, que lhes ouvem as expressões de carinho ou lhes sentem as vibrações inamistosas, que se irão converter em conflitos psicológicos na infância e na adolescência, gerando distúrbios para toda a existência porvindoura.
Renasce-se, portanto, no lar, na família de que se tem necessidade, e nem sempre naquela que se gostaria ou que se merece, a fim de progredir e limar as imperfeições com o buril da fraternidade que a convivência propicia e dignifica.
Em razão disso, o adolescente experimenta na família esses choques emocionais ou se sente atraído pelas vibrações positivas, de acordo com os vínculos anteriores que mantém com o grupo no qual se encontra comprometido. Essa aceitação ou repulsão irá afetar de maneira muito significativa o seu comportamento atual, exigindo, quando negativa, terapia especializada e grande esforço do paciente, a fim de ajustar-se à sociedade, que lhe parecerá sempre um reflexo do que viveu no ninho doméstico.
A família equilibrada, isto é, estruturada com respeito e amor, é fundamental para uma sociedade justa e feliz. No entanto, a família começa quando os parceiros se resolvem unir sexualmente, amparados ou não pelo beneplácito das Leis que regem as Nações, respeitando-se mutuamente e compreendendo que, a partir do momento em que nascem os filhos, uma grande, profunda e significativa modificação se deverá dar na estrutura do relacionamento, que agora terá como meta a harmonia e felicidade do grupo, longe do egoísmo e do interesse imediatista de cada qual.
Infelizmente, não é o que ocorre, e disso resulta uma sociedade juvenil desorganizada, revoltada, agressiva, desinteressada, cínica ou depressiva, deambulando pelos rumos torpes das drogas, da violência, do crime, do desvario sexual...
Os pais devem unir-se, mesmo quando em dificuldade no relacionamento pessoal, a fim de oferecerem segurança psicológica e física à progênie.
Essa tarefa desafiadora é de grande valia para o conjunto social, mas não tem sido exercida com a elevação que exige, em razão da imaturidade dos indivíduos que se buscam para os prazeres, nos quais há uma predominância marcante de egoísmo, com altas doses de insensatez, desamor e apatia de um pelo outro ser com quem vive, quando as ocorrências não lhes parecem agradáveis ou interessantes.
Os divórcios e as separações, legais ou não, enxameiam, multiplicam-se em altas estatísticas de indiferença pela família, produzindo as tristes gerações dos órfãos de pais vivos e desinteressados, agravando a economia moral da sociedade, que lhes sofre o dano do desequilíbrio crescente.
O adolescente, em um lar desajustado, naturalmente experimenta as conseqüências nefastas dos fenômenos de agressividade e luta que ali têm lugar, escondendo as próprias emoções ou dando-lhes largas nos vícios, a fim de sobreviver, carregado de amargura e asfixiado pelo desamor.
Apesar dessa situação, cabe ao adolescente em formação da personalidade, compreender a conjuntura na qual se encontra localizado, aceitando o desafio e compadecendo-se dos genitores e demais familiares envolvidos na luta infeliz, como sendo seres enfermos, que estão longe da cura ou se negam a terapia da transformação moral.
É, sem dúvida, o mais pesado desafio que enfrenta o jovem, pagar esse elevado ônus, que é entender aqueles que deveriam fazê-lo, ajudar aqueles que, mais velhos e, portanto, mais experientes, tinham por tarefa compreendê- lo e orientá-lo.
O lar é o grande formador do caráter do educando. Muitas vezes, no entanto, lares infelizes, nos quais as pugnas por nonadas se fazem cruentas e constantes, não chegam a perturbar adolescentes equilibrados, porque são Espíritos saudáveis e ali se encontram para resgatar, mas também para educar os pais, servir de exemplo para os irmãos e demais familiares. Não seja, pois, de estranhar, os exemplos históricos de homens e mulheres notáveis que nasceram em lares modestos, em meios agressivos; em famílias degeneradas, e superaram os limites, as dificuldades impostas, conseguindo atingir as metas para as quais reencarnaram.
Quando o espírito de dignidade humana viger nos adultos, que se facultarão amadurecer emocionalmente antes de assumirem os compromissos da progenitura, haverá uma mudança radical nas paisagens da família, iniciando-se a época da verdadeira fraternidade.
Quando o sexo for exercido com responsabilidade e não agressivamente; quando os indivíduos compreenderem que o prazer cobra um preço, e este, na união sexual, mesmo com os cuidados dos preservativos, é a fecundação, haverá uma mudança real no comportamento geral, abrindo espaço para a adolescência bem orientada na família em equilíbrio.
Seja, porém, qual for o lar no qual se encontre o adolescente, terá ele campo para a compreensão da fragilidade dos pais e dos irmãos, para avaliação dos seus méritos. Se não for compreendido ou amado, esforce-se para amar e compreender, tendo em vista que é devedor aos genitores, que poderiam haver interrompido a gravidez, e, no entanto, não o fizeram.
Assim, o adolescente tem, para com a família, uma dívida de carinho, mesmo quando essa não se dê conta do imenso débito que tem para com o jovem em formação. Nesse tentame, o de compreender e desculpar, orando, o adolescente contará com o auxílio divino que nunca falta e a proteção dos seus Guias Espirituais, que são responsáveis pela sua nova experiência reencarnatória.  


Fonte: Franco, Divaldo P., pelo espírito Joana de Angelis. Adolescência e Vida. Disponível em  http://www.luzespirita.org.br/leitura/pdf/L102.pdf.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

TEXTO PARA ESTUDO DOMINGO DIA 09 DE FEVEREIRO DE 2014

AMOR E FAMÍLIA EM NOVOS TEMPOS

Ninguém colocou melhor o problema da família do que Allan Kardec, pois não se apoiou apenas na pesquisa das aparências formais, mas penetrou na substância da questão, no plano das causas determinantes. Por isso nos oferece um esquema tríplice das formações das famílias no nosso tempo, a saber:
a) a família carnal, formada a partir dos clãs primitivos, evoluindo nas miscigenações raciais, através de inumeráveis conflitos ao lingo das civilizações progressivas, na fermentação dialética do amor e do ódio. Os grupos assim formados subdividem-se, nas reencarnações progressivas, em inumeráveis subgrupos, que também crescerão e se subdividirão na temporalidade, ou seja, na imensa esteira do tempo, que, segundo Heidegger, acolhe os espírito. São essas as famílias consanguíneas, que se desfazem com a morte.
b) a família mista, carnal e espiritual, em que os conflitos do amor e do ódio entram em processo de solução, nos reajustamentos das lutas e experiências comuns, definindo-se e ampliando-se as afinidades espirituais entre diversos grupos, absorvendo elementos de outras famílias, nas coordenadas da evolução coletiva.
Pedimos retorno à experiência no plano físico juntamente com credores e devedores em ambiente semelhante ao que já vivemos, frente aos problemas que constituíram obstáculos à nossa caminhada evolutiva. Podemos assim programar o reencontro com aquele espírito com o qual nos consorciaremos para a formação de um novo lar, com todas as implicações decorrentes do nosso passado, na construção do presente, sabendo que deste dependerá nosso futuro.
O condicionamento familiar, nas relações endógenas e necessárias de vivência em comum, quebra pouco a pouco as aresta do ódio e das antipatias, restabelecendo na medida do possível as relações simpáticas que se ampliarão no futuro. A desagregação provocada pela morte permitirá reajustes mais eficazes nas sucessivas reencarnações grupais.
c) a família espiritual, resultante de todos esses processos reencarnatórios, que se aglutinará os espíritos afins no plano espiritual, nas comunidades dos espíritos superiores que se dedicam ao trabalho de assistência e orientação aos dois tipos familiares anteriores, mesclando-as de elementos que nelas se reencarnam para modificá-las com seu exemplo de amor e dedicação ao próximo. Essa família não perece, não se desfaz com a morte, crescendo constantemente para a formação de Humanidades Superiores. É fácil, usando-se as medidas da Escala Espírita, em O Livro dos Espíritos, identificar-se nas famílias terrenas a presença de vários tipos descritos na referida escala, percebendo-se claramente as funções que exercem no processo evolutivo familiar.
A concepção espírita da família, com se vê, é muito mais complexa e de importância muito maior que a das religiões cristãs, que conferem eternidade e inviolabilidade ao sacramento do matrimônio, mas não podem impedir que, na morte, o marido vá parar nas garras do Diabo, a esposa estagiar no purgatório e os filhos inocentes curtirem a sua orfandade nos jardins do céu. A concepção jurídica e terrena da família não vai além dos interesses materiais de uma existência. O mesmo se dá com a concepção sociológica, que faz da família a base da sociedade, ambas perecíveis e transitórias. As pessoas que acusam o Espiritismo de aniquilar a família através da reencarnação revelam a mais completa ignorância da Doutrina ou o fazem por má-fé, na defesa de interesses religiosos – sectários.
A família nasce do amor e dele se alimenta. Não é apenas a base da sociedade, mas de toda a Humanidade. É na família que as gerações se encontram, transmitindo suas experiências de uma para outra. Combater a instituição familiar, negar a sua necessidade e a sua eficácia no desenvolvimento dos povos e dos mundos é revelar miopia ou cegueira espiritual, em cultura ou desequilíbrio mental e psiquíco, falta de ajustamento à realidade, esquizofrenia não raro catatônica. Isso é evidente no estado de alienação em que essa atitude se manifesta, em pessoas amargas, ressentidas ou extremamente pretensiosas, que desejam mostrar-se originais. Em geral, são criaturas carentes de afetividade. Quando se desligam da família natural ligam-se a grupos de criaturas afins, engajam-se  outras famílias ou tornam-se misantropas destinadas à neurastenia ou à loucura. O instinto gregário da espécie é uma exigência da evolução humana, a que ninguém pode furtar-se sem pagar pelo seu egoísmo.

Carneiro, Tânia Maria Farias e Barreto, Eryka Florenice Pinheiro (organizadoras). Guia Útil dos Pais – Uma Abordagem Educacional Espírita –

 2a Edição – Fortaleza – CE: Edições GEPE – Grupo Espírita Paulo e Estevão, 2004. (Área de Ensino).

sábado, 1 de fevereiro de 2014

TEXTO PARA ESTUDO DOMINGO DIA 02 DE FEVEREIRO DE 2014

CONSOLADOR PROMETIDO

3. Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente
 convosco: – O Espírito de Verdade, que o mundo
 não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós.
 – Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito,
 que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará
 todas as coisas e vos fará recordar tudo o que
 vos tenho dito. (S. J OÃO , 14:15 a 17 e 26.)
4. Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade,
 que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro
 para o compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há
 dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de vir mais
 tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera
 tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que
 este disse foi esquecido ou mal compreendido.
O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina
 todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse
 por parábolas. Advertiu o Cristo: “Ouçam os que têm ouvidos para ouvir.” O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o
 véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem,
 finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados
 da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e
 fim útil a todas as dores.
Disse o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos, pois que
 serão consolados.” Mas, como há de alguém sentir-se ditoso por sofrer, se não sabe por que sofre? O Espiritismo
 mostra a causa dos sofrimentos nas existências anteriores
 e na destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como
 crises salutares que produzem a cura e como meio de depuração que garante a felicidade nas existências futuras. O
 homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita
 sem murmurar, como o obreiro aceita o trabalho que lhe
 assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no
 futuro e a dúvida pungente não mais se lhe apossa da alma.
 Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte
 que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o
 espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir
 até ao termo do caminho.
Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do
 Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo
 que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que
 está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de
 Deus e consola pela fé e pela esperança.

Kardec, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. Brasília: Feb, 1944.