terça-feira, 29 de maio de 2012

A CASA - Richard Simonetti

Desde os tempos mais remotos, encontramos referências à influência exercida pelos Espíritos sobre os homens.
            Na antiga Grécia, situavam-se como deuses que interferiam no destino humano, de conformidade com seus humores.
            Na Idade Média, consagrou-se a idéia do demônio, filho rebelde de Deus, especializado em induzir suas vítimas à perdição.
            A Doutrina Espírita, descerrando a cortina que separa a Terra do Além, demonstra que são simplesmente as almas dos mortos, ou homens desencarnados, agindo de conformidade com suas tendências e desejos.
            Como o Plano Espiritual é apenas uma projeção do plano físico, muitos deles permanecem junto a nós, envolvendo-nos com seus pensamentos, idéias e sensações.
            Na questão 459, de O Livro dos Espíritos, o mentor espiritual informa que essa influência é tão acentuada que, não raro, eles nos dirigem.                                  
*** 
            Muitos procuram os Centros Espíritas, informados de que seus males físicos ou psíquicos, que resistem a tratamento médico, podem guardar relação com esse assédio.
            Está certo, mas há um detalhe:
            Os casos mais graves, em que temos a presença de Espíritos rebeldes e agressivos que intentam vingar-se de passadas ofensas, desta ou de outras vidas, não são os mais freqüentes.
            Em sua maioria, sofrem a pressão de Espíritos presos ao imediatismo terrestre. Experimentam o que chamaríamos adensamento do corpo espiritual, o perispírito, que os leva a viver como se fossem seres humanos, experimentando as mesmas necessidades, relacionadas com alimentação, abrigo, sexo, vícios...
            Seu contato conosco lembra a simbiose que se estabelece quando determinada planta entranha-se numa árvore, valendo-se de seus elementos nutritivos.
            Raras pessoas escapam a essa ligação, que obedece às tendências de cada um, estabelecendo sintonia.
            Geralmente, não querem nos prejudicar.
            A expressão mais correta seria explorar.
            Exploram nosso psiquismo, servem-se dos fluidos densos que lhes possamos oferecer.
            Essa pressão nos perturba, porquanto colhemos seus pensamentos desajustados, suas ansiedades e inquietações. E nos exaure psiquicamente, já que agem como autênticas sanguessugas espirituais.
            A partir daí, sentimo-nos enfraquecidos, com males renitentes que resistem a todos os tratamentos.
            Há, ainda, o grave problema dos viciados do Além. Estes nos induzem  ao  fumo, ao álcool, às drogas, a fim de que, em associação psíquica, experimentem a satisfação desejada.
            É como um transe mediúnico às avessas. Ao invés do médium captar suas impressões, eles captam as sensações do “médium”.
*** 
            Jesus teve freqüentes contatos com esses Espíritos, chamados, por seus contemporâneos, imundos, impuros, maus, demoníacos…
            Sempre os afastava. E antecipava o conhecimento espírita a respeito do assunto, dizendo, textualmente: 
             Quando o Espírito impuro tem saído dum homem, anda por lugares áridos, procurando repouso; não o encontrando, diz: “Voltarei para minha casa, donde saí.”
            E, ao chegar, acha-a desocupada, varrida e adornada.
            Então, ele vai e leva consigo mais sete Espíritos piores do que ele, e ali entram e habitam.
            O último estado daquele homem fica sendo pior que o primeiro. 
            Jesus situa a mente humana como uma residência, habitada pelos pensamentos.
            Sua organização e disposição interna dependem do proprietário – a vontade. 
  • Casa escura.
            Idéias negativas:
            – Ninguém me ama!
            – Nada dá certo em minha vida!
            – Quero morrer! 
  • Casa mal-arrumada.
            Indisposição para concentrar-se:
            – Não estou entendendo nada…
            – Odeio ler!
            – A palestra dá-me sono.
  • Casa vazia.
            Ausência de ideais:
            – Tenho alergia pela palavra ajudar!
            – Cada um por si e Deus por todos!
            – Quero mais é gozar a vida! 
  • Casa arejada.
            Exercício de compreensão:
            – Não há o que perdoar.
            – Conte comigo!
            – Tudo bem! Conversando a gente se entende.           
  • Casa arrumada.
            Pensamentos positivos:
            – Tristeza não paga dívida!
            – No fim sempre dá certo!
            – Estou feliz com seu sucesso! 
  • Casa iluminada.
            Presença da oração:
            – Senhor, seja feita a Tua vontade…
            – Não me deixes cair em tentação…
            – Livra-me do mal…                       
            Poderíamos efetuar várias outras comparações, situando uma casa mental bonita ou feia, grande ou pequena, luminosa ou trevosa, fechada ou aberta, de conformidade com nossos pensamentos e as tendências que cultivamos. 
*** 
            Por que os Espíritos entram em nossa casa mental e ali se aboletam, a nos explorar e influenciar?
            Podemos responder com aquela velha brincadeira:
            – Por que o cachorro entra na igreja?
            – Porque a porta está aberta.
            Assim acontece em relação aos Espíritos que nos influenciam.
            Aproximam-se, envolvem-nos, entram em nossa casa mental, porque está aberta, porque não temos defesas espirituais.
            Falta-nos a disciplina mental, fruto da reflexão, do estudo, da meditação e, sobretudo, um roteiro de vida voltado para a vivência dos princípios religiosos.
            No Centro Espírita, o obsidiado submete-se ao tratamento espiritual e recebe ajuda dos benfeitores, o que favorece o afastamento das entidades perturbadoras.
            Todavia, não basta afastar o malfeitor. É preciso que aprendamos a nos defender, porquanto pode ser que ele resolva voltar e venha acompanhado de outros iguais a ele ou piores, produzindo estrago maior.
            É a esse tipo de problema que Jesus se refere ao advertir quanto à recaída, nos processos obsessivos. 
*** 
            A solução é tão óbvia quando a questão do cachorro que entra na igreja.
            Para que o Espírito não torne a invadir nossa casa mental é preciso fechar a porta, mudando a postura diante da Vida.
            Sempre oportuno reiterar que Espíritos perturbadores só conseguem nos envolver a partir de nossas cogitações íntimas.
            Na questão 469, de O Livro dos Espíritos, Kardec pergunta aos mentores espirituais como podemos neutralizar essa influência.
            A resposta é bastante elucidativa:
            Praticando o Bem e pondo em Deus a nossa confiança… 
            Quem cumpre essa orientação jamais resvala para o desânimo, a tristeza, a angústia, o medo, portas que se abrem à ação das sombras.
            Consideremos, entretanto, que não se trata de um comportamento para determinadas situações, mas de uma atitude perante a Vida.
            É preciso um empenho permanente, no sentido de instalarmos, em definitivo, em nossa casa mental, as defesas evangélicas, a fim de que jamais seja invadida por desocupados, viciados ou malfeitores do Além.

Enviado por Leo Mendes

terça-feira, 22 de maio de 2012

ESTUDO DO DIA 27/05 – A VIDA SOCIAL DO ADOLESCENTE

Texto que estudaremos no próximo domingo dia 27/05:
Tema: A VIDA SOCIAL DO ADOLESCENTE
No período da adolescência a vida social gira em torno dos fenômenos de transformação que afetam o comportamento juvenil. Assim, a preferência do jovem é por outro da mesma faixa etária, os seus jogos são pertinentes às ocorrências que lhe estão sucedendo no diaadia. Há uma abrupta mudança de interesses, e portanto, de companhias, que se tornam imperiosos para a formação e definição da sua personalidade. Não mais ele se compraz nos encantamentos anteriores, nas coleções infantis que lhe eram agradáveis, nem tampouco nas aspirações que antes o mantinham preso ao lar, ao estudo ou aos esportes até então preferidos.
É certo que existem grandes exceções, porém, o normal é a alteração de conduta social, face à necessidade de afirmação da masculinidade ou feminilidade, do descobrimento das ocorrências que o afetam e de como orientar o rumo das aspirações que agora lhe povoam o pensamento.
A sua socialização depende, de alguma forma, de relativa independência dos pais, de ajustamento à maturação sexual e dos relacionamentos cooperativos com os novos amigos que atravessam o mesmo estágio.
Para conseguir esse desafio, o jovem tem necessidade de programar e desenvolver uma forma de filosofia de vida, que o levará à descoberta da própria identidade. Para esse desenvolvimento ele necessita saber quem é e o que deve fazer, de modo que se possa empenhar na realização do novo projeto existencial.
Os pais, por sua vez, não devem impedir esse processo de libertação parcial, contribuindo mesmo para que o jovem encontre aquilo a que aspira, porém de forma indireta, através de diálogos tranquilos e amigos, sem a superioridade habitual característica da idade, facultando mais ampla visão em torno do que pode ser melhor para o desenvolvimento do filho, que deve caminhar independente, libertandose do cordão umbilical restritivo.
Esse fenômeno é inevitável e qualquer tentativa de restrição resulta em desastre no relacionamento, o que é bastante inconveniente. Os pais devem compreender que a sua atitude agora é de companheirismo, cuja experiência deve ser posta a serviço do educando de forma gentil e atualizada, porque cada tempo tem as suas próprias exigências, não sendo compatível com o fenômeno do progresso o paralelismo entre o passado e o presente, desde que são muito diferentes as imposições existenciais de cada época.
O desenvolvimento social do jovem é de relevante significado para toda a sua vida, porquanto, aqueles que não conseguem o empreendimento derrapam no uso do álcool, das drogas, na delinquência, como fuga da sua realidade conflitiva. Um grande número de adolescentes, no entanto, que têm dificuldade dessa realização, quando bem direcionados conseguem, embora com esforço, plenificarse no grupo social. Todos aqueles que ficaram na retaguarda correm o risco de percorrer as trilhas do desequilíbrio, do vício, da criminalidade.
Esse desenvolvimento deve ser acompanhado de uma alta dose de autoconfiança, que começa com a gradual libertação da dependência dos pais, antes encarregados de todas as atitudes e definições, que agora vão sendo direcionadas pelo próprio educando, naturalmente sob a vigilância gentil dos genitores, para que amadureça nas suas aspirações sexuais seguras, na preferência pelos companheiros mais saudáveis e dignos, na identificação do eu profundo, do que quer da vida e como irá conseguir. A vocação começa a aparecer nessa fase, levando o jovem a integrarse no seu mundo, onde lhe é possível desenvolver o que aspira, sem o constrangimento de atender a uma profissão que foi estabelecida pelos genitores sem que ele tenha qualquer tendência ou afinidade para com a mesma.
A questão da independência do jovem no contexto doméstico, nesse período, não é simples, porque a família dá segurança e compensação, trabalhando, no entanto, embora de forma inconsciente, para que ele perca a oportunidade de definir a personalidade, tornandose parasita do lar, peso inevitável na economia da sociedade que dele espera esforço e luta para o contínuo crescimento.
Nesse sentido, outra dificuldade consiste na seleção dos amigos, particularmente quando estes se apresentam como modelos préfabricados pela mídia: musculosos, exibicionistas, sem aspirações relevantes, sensuais e vazios de significado psicológico, de sentido existencial. Outras vezes, enxameiam aqueles que se impõem pela violência e parecem desfrutar de privilégios conseguidos mediante a prostituição dos valores éticos pelos comportamentos alienados. Ou ainda através da cultura underground, promíscua e venal, que se faz exibida por líderes de massas, totalmente destituídos de objetivos reais, assumindo posturas e comportamentos exóticos, que chamam a atenção para esconder a ausência de outros requisitos e que conspiram contra o desenvolvimento da própria sociedade.
São apresentados pela mídia como espécimes estranhos da fauna humana, atormentados e agressivos, produzindo resultados satisfatórios, porque oferecem renda financeira aos promotores dos espetáculos da insensatez... Tornamse ridículos e perdem o senso do equilíbrio, caricatos e irreverentes, em tristes processos psicopatológicos ou vitimados por estranhas obsessões que os atormentam sem termo...
Os pais sempre desempenharão papel relevante na vida dos filhos, particularmente no momento da sua socialização. Se forem pessoas sociáveis,
equilibradas, portadoras de bons relacionamentos humanos, vãose tornar paradigmas de segurança para os filhos que, igualmente acostumados ao sentido de harmonia e de felicidade doméstica, elegerão aquelas que lhes sejam semelhantes e formarão o seu grupo dentro dos mesmos padrões familiares, ressalvados os interesses da idade.
Todo jovem aprecia ser amado pelos pais e desfruta essa afetividade com muito maior intensidade do que demonstra, constituindolhe segurança, que passa adiante em forma de relacionamento social agradável. Quando o convívio no lar é caracterizado pelos atritos e discussões sem sentido, a sua visão é de que a sociedade padece da mesma hipertrofia de sentimentos, armandose de forma a evitarlhe a interferência nos seus interesses e buscas de realização pessoal. Em consequência, tornase hostil à socialização, em virtude das lembranças desagradáveis que conserva do grupo familiar, que passa, na sua imaginação, como sendo semelhante ao meio social que irá enfrentar.
O jovem é convidado, por si mesmo, à demanda de transformarse em um adulto capaz, que enfrente as situações difíceis com equilíbrio, que inspire confiança, que seja portador de uma autoimagem positiva. Mesmo quando se torna independente dos progenitores, preserva a satisfação de saberse amado e acompanhado a distância, tendo a tranquilidade da certeza que a sua existência não é destituída de sentido humano nem de valor positivo para a sociedade.
Se isso não ocorre, ele fazse competitivo, desagradável, mesquinho e inseguro,
buscando outros equivalentes que passam a agruparse em verdadeiras hordas, porque o fenômeno da socialização continua em predominância na sua natureza, somente que, agora, de forma negativa.
A socialização do jovem é um processo de longo curso, que se inicia na infância e deve ser acompanhada com muito interesse e cuidado, a fim de que, na adolescência, esse desenvolvimento não se faça traumático nem desequilibrante.

Fonte de Pesquisa: Franco, Divaldo P., pelo espírito Joana de Angelis. Adolescência e Vida. Disponível em  http://www.luzespirita.org.br/leitura/pdf/L102.pdf. Capturado em 22/05/2012.

terça-feira, 15 de maio de 2012

ESTUDO DO DIA 20/05 – BABÁ ELETRÔNICA (TELEVISÃO)

Texto que estudaremos no próximo domingo dia 20/05:
Tema: BABÁ ELETRÔNICA (TELEVISÃO)
Joamar Nazareth, no livro Um Desfio chamado família, nos alerta: “A TV exerce grande influência nas pessoas, com maior intensidade em crianças e jovens. São eles os mais atingidos pelo poder de influenciação deste meio de comunicação. Seus valores, hábitos, personalidade, maneira de se vestir, falar, conviver com os demais, etc. são mais fortemente inspirados no mundo padronizado pela programação da TV.
Nossos filhos, hoje, em sua maioria, passam mais tempo diante da TV do que em salas de aula, em templos religiosos, em momentos de diálogo com os pais ou em outras atividades sociais/educacionais sadias. Mais adiante complementa: “Não podemos esquecer que a criança é um espírito milenar reencarnado, tendo na infância a fase de adaptação e preparação para suas tarefas a serem cumpridas na jornada terrena.
Com a enxurrada de informações e situações veiculadas, o espírito é estimulado a despertar, mais cedo, velhos hábitos e vícios que ele deveria enfrentar mais tarde, após a infância”.
Outra questão preocupante é a quantidade de horas que a criança fica diante da televisão. Numa pesquisa realizada nos Estados Unidos, foi comprovado que as crianças americanas assistem à TV durante três horas e meia por dia, enquanto que no Brasil os estudiosos mensuraram que nossas crianças ficam diante da televisão durante cinco horas e trinta minutos por dia. As crianças mais inteligentes são as que correm mais risco de se tornarem teledependentes, devido seu alto grau de concentração e assimilação. A mesma pesquisa nos fornece um dado mais assustador: que quando as crianças de hoje atingirem os doze anos de idade, terão assistido entre 250 e 500 mil propagandas (manipulando e ludibriando as crianças, levando-as ao consumismo em excesso e indiscriminado) e terão acompanhado por nossas TV’s ao número gigantesco de 20.000 assassinatos – o que certamente os levará na fase adulta a acharem que “matar é normal”.
Toda criança na faixa etária entre 2 e 5 anos necessita sentir através do tato tudo que lhe cerca, e ao tocar verbaliza suas sensações; enquanto que diante da TV é evidente que a criança escuta, vê, mas não toca; passando então a sentir-se dentro da televisão, transporta-se para o mundo da TV – mundo de magia e fantasia, onde seus heróis televisivos não interagem com ela e associa que da mesma forma no mundo real as pessoas que a cercam não se “importam” com ela, gerando isolamento e comportamento de exclusão automáticos.
Um psiquiatra americano com vários livros publicados sobre o assunto, estudou o mundo dos vídeos games, e alerta: As crianças tornam-se muito violentas e até chegarem a esse estágio, perdem aos poucos a motivação na ordem que se segue:
1º - pelo esporte ou quaisquer atividades extras;
2º - pelos amigos;
3° - pelos estudos;
4º - pela família.
Malefícios causados pela TV em excesso:
1 – A televisão compromete o sono da criança (quantidade e qualidade). É importante lembrar que a criança necessita de no mínimo dez horas de sono por dia.
2 – A TV vai aos poucos distorcendo os valores cultivados pela família.
Antigamente figuras bonitas e belas representavam o bem e a verdade, enquanto as feias eram a pintura do mau e da mentira. Hoje, os heróis para as crianças são figuras e desenhos feios, com caras de monstros. A criança não mais se preocupa em mostrar, valorizar o que é bom e belo; pode incorrer no futuro em um sério problema de personalidade. O diálogo familiar está deixando de existir. No mundo de hoje, pai e mãe trabalham em demasia e ao chegar em casa, esgotados e estressados, o pouco tempo que deveriam aproveitar para brincar, conversar e educar seus filhos, é “perdido” diante da TV;
3 – A televisão vai diminuindo o tempo útil da criança. Alguns pequeninos ficam limitados a ir somente à escola, passando o restante do dia defronte à TV, afetando o seu desenvolvimento e aprendizagem. A criança perde a dimensão do tempo, porque as imagens veiculadas, mesmo que gravações antigas passam para o telespectador a idéia de que estão ocorrendo no presente. A forma relaxada e preguiçosa como as crianças assistem à televisão causa conseqüentemente atrofia muscular.
4 – A televisão estimula a agressividade nas crianças, funcionando como escola para os pequeninos. Observa-se a forma violenta como algumas crianças brincam – com pontapés e murros. Seus brinquedos em geral têm caras de monstros, e eles os idolatram;
5 – A TV estimula o erotismo precoce nas crianças. O sexo explícito e indiscriminado na televisão acelera as mudanças hormonais no organismo das crianças; identificado claramente nas meninas. As músicas eróticas, as roupas, a influência ao namorar cedo etc. Os pais têm que estar atentos para o fato de que a fase de pré-adolescência (entre 8 e 12 anos) deve ser a fase do silêncio sexual, imprescindível para o amadurecimento da criança.
Quando uma criança cresce viciada em TV, ela passa sua infância achando que está vivendo num mundo de fantasia. Quando entra na adolescência, não consegue sair do mundo da magia e o que mais se aproxima com o fantasioso mundo da TV é a DROGA.
Sugestões para amenizar os malefícios apontados:
- Crianças até três anos não devem assistir à televisão;
- Limitar o tempo da criança diante da TV;
- Estabelecer horários para a criança assistir à TV;
- Acompanhar o que o pequeno assiste;
-Analisar as imagens recepcionadas pelas crianças, fazendo questionamentos quanto aos valores que são passados pela televisão e fazê-la perceber e entender a escala de valores morais que reputamos como correta, porque baseada em nossa visão espírita de homem e de mundo;
- Reciclar os brinquedos das crianças para substituir a TV (brinquedos educativos);
- Estimular as crianças levando-as para fazer passeios culturais – teatros, museus, bibliotecas, etc;
- Estimular a leitura e conseqüentemente o estudo – Pai e Mãe são o espelho dos filhos, os que lêem e estudam naturalmente terão filhos interessados na leitura;
- Levar os filhos para a Evangelização Infantil.


Fonte de Pesquisa: Carneiro, Tânia Maria Farias e Barreto, Eryka Florenice Pinheiro (organizadoras). Guia Útil dos Pais – Uma Abordagem Educacional Espírita – 2ª Edição – Fortaleza – CE: Edições GEPE – Grupo Espírita Paulo e Estevão, 2004. (Área de Ensino). 112 a 115p.

terça-feira, 1 de maio de 2012

ESTUDO DO DIA 06/05 – QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?

Texto que estudaremos no próximo domingo dia 06/05:
Tema: QUEM É MINHA MÃE E QUEM SÃO MEUS IRMÃOS?
5. E, tendo vindo para casa, reuniu-se aí tão grande multidão de gente, que eles nem sequer podiam fazer sua refeição. - Sabendo disso, vieram seus parentes para se apoderarem dele, pois diziam que perdera o espírito.
Entretanto, tendo vindo sua mãe e seus irmãos e conservando-se do lado de fora, mandaram chamá-lo. - Ora, o povo se assentara em torno dele e lhe disseram: Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te chamam. - Ele lhes respondeu: Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, perpassando o olhar pelos que estavam assentados ao seu derredor, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos; - pois, todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe. (S. MARCOS. cap. III, vv. 20, 21 e 31 a 35 - S. MATEUS, cap. XII, vv. 46 a 50.)
6. Singulares parecem algumas palavras de Jesus, por contrastarem com a sua bondade e a sua inalterável benevolência para com todos. Os incrédulos não deixaram de tirar daí uma arma, pretendendo que ele se contradizia. Fato, porém, irrecusável é que sua doutrina tem por base principal, por pedra angular, a lei de amor e de caridade. Ora, não é possível que ele destruísse de um lado o que do outro estabelecia, donde esta conseqüência rigorosa: se certas proposições suas se acham em contradição com aquele princípio básico, é que as palavras que se lhe atribuem foram ou mal reproduzidas, ou mal compreendidas, ou não são suas.
7. Causa admiração, e com fundamento, que, neste passo, mostrasse Jesus tanta indiferença para com seus parentes e, de certo modo, renegasse sua mãe.
Pelo que concerne a seus irmãos, sabe-se que não o estimavam. Espíritos pouco adiantados, não lhe compreendiam a missão: tinham por excêntrico o seu proceder e seus ensinamentos não os tocavam, tanto que nenhum deles o seguiu como discípulo. Dir-se-ia mesmo que partilhavam, até certo ponto, das prevenções de seus inimigos. O que é fato, em suma, é que o acolhiam mais como um estranho do que como um irmão, quando aparecia à família. S. João diz, positivamente (cap. VII, v. 5), "que eles não lhe davam crédito".
Quanto à sua mãe, ninguém ousaria contestar a ternura que lhe dedicava. Deve-se, entretanto, convir igualmente em que também ela não fazia idéia muito exata da missão do filho, pois não se vê que lhe tenha nunca seguido os ensinos, nem dado testemunho dele, como fez João Batista. O que nela predominava era a solicitude maternal. Supor que ele haja renegado sua mãe fora desconhecer-lhe o caráter. Semelhante idéia não poderia encontrar guarida naquele que disse: Honrai a vosso pai e a vossa mãe. Necessário, pois, se faz procurar outro sentido para suas palavras, quase sempre envoltas no véu da forma alegórica.
Ele nenhuma ocasião desprezava de dar um ensino; aproveitou, portanto, a que se lhe deparou, com a chegada de sua família, para precisar a diferença que existe entre a parentela corporal e a parentela espiritual.

Fonte de Pesquisa: Kardec, Por Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Disponível em  http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/es/index.html. Capturado em: 01/ 05/ 2012.