BABÁ ELETRÔNICA (TELEVISÃO)
Joamar Nazareth, no livro Um Desfio
chamado família, nos alerta: “A TV exerce grande influência nas pessoas, com
maior intensidade em crianças e jovens. São eles os mais atingidos pelo poder
de influenciação deste meio de comunicação. Seus valores, hábitos,
personalidade, maneira de se vestir, falar, conviver com os demais, etc. são
mais fortemente inspirados no mundo padronizado pela programação da TV.
Nossos filhos, hoje, em sua maioria,
passam mais tempo diante da TV do que em salas de aula, em templos religiosos,
em momentos de diálogo com os pais ou em outras atividades sociais/educacionais
sadias. Mais adiante complementa: “Não podemos esquecer que a criança é um
espírito milenar reencarnado, tendo na infância a fase de adaptação e
preparação para suas tarefas a serem cumpridas na jornada terrena.
Com a enxurrada de informações e
situações veiculadas, o espírito é estimulado a despertar, mais cedo, velhos
hábitos e vícios que ele deveria enfrentar mais tarde, após a infância”.
Outra questão preocupante é a
quantidade de horas que a criança fica diante da televisão. Numa pesquisa
realizada nos Estados Unidos, foi comprovado que as crianças americanas
assistem à TV durante três horas e meia por dia, enquanto que no Brasil os estudiosos
mensuraram que nossas crianças ficam diante da televisão durante cinco horas e
trinta minutos por dia. As crianças mais inteligentes são as que correm mais
risco de se tornarem teledependentes, devido seu alto grau de concentração e
assimilação. A mesma pesquisa nos fornece um dado mais assustador: que quando
as crianças de hoje atingirem os doze anos de idade, terão assistido entre 250
e 500 mil propagandas (manipulando e ludibriando as crianças, levando-as ao
consumismo em excesso e indiscriminado) e terão acompanhado por nossas TV’s ao
número gigantesco de 20.000 assassinatos – o que certamente os levará na fase
adulta a acharem que “matar é normal”.
Toda criança na faixa etária entre 2 e
5 anos necessita sentir através do tato tudo que lhe cerca, e ao tocar
verbaliza suas sensações; enquanto que diante da TV é evidente que a criança
escuta, vê, mas não toca; passando então a sentir-se dentro da televisão,
transporta-se para o mundo da TV – mundo de magia e fantasia, onde seus heróis
televisivos não interagem com ela e associa que da mesma forma no mundo real as
pessoas que a cercam não se “importam” com ela, gerando isolamento e
comportamento de exclusão automáticos.
Um psiquiatra americano com vários
livros publicados sobre o assunto, estudou o mundo dos vídeos games, e alerta:
As crianças tornam-se muito violentas e até chegarem a esse estágio, perdem aos
poucos a motivação na ordem que se segue:
1º - pelo esporte ou quaisquer
atividades extras;
2º - pelos amigos;
3° - pelos estudos;
4º - pela família.
Malefícios causados pela TV em excesso:
1 – A televisão compromete o sono da
criança (quantidade e qualidade). É importante lembrar que a criança necessita
de no mínimo dez horas de sono por dia.
2 – A TV vai aos poucos distorcendo os
valores cultivados pela família.
Antigamente figuras bonitas e belas
representavam o bem e a verdade, enquanto as feias eram a pintura do mau e da
mentira. Hoje, os heróis para as crianças são figuras e desenhos feios, com
caras de monstros. A criança não mais se preocupa em mostrar, valorizar o que é
bom e belo; pode incorrer no futuro em um sério problema de personalidade. O
diálogo familiar está deixando de existir. No mundo de hoje, pai e mãe
trabalham em demasia e ao chegar em casa, esgotados e estressados, o pouco
tempo que deveriam aproveitar para brincar, conversar e educar seus filhos, é
“perdido” diante da TV;
3 – A televisão vai diminuindo o tempo
útil da criança. Alguns pequeninos ficam limitados a ir somente à escola,
passando o restante do dia defronte à TV, afetando o seu desenvolvimento e
aprendizagem. A criança perde a dimensão do tempo, porque as imagens
veiculadas, mesmo que gravações antigas passam para o telespectador a idéia de
que estão ocorrendo no presente. A forma relaxada e preguiçosa como as crianças
assistem à televisão causa conseqüentemente atrofia muscular.
4 – A televisão estimula a
agressividade nas crianças, funcionando como escola para os pequeninos.
Observa-se a forma violenta como algumas crianças brincam – com pontapés e
murros. Seus brinquedos em geral têm caras de monstros, e eles os idolatram;
5 – A TV estimula o erotismo precoce
nas crianças. O sexo explícito e indiscriminado na televisão acelera as
mudanças hormonais no organismo das crianças; identificado claramente nas
meninas. As músicas eróticas, as roupas, a influência ao namorar cedo etc. Os
pais têm que estar atentos para o fato de que a fase de pré-adolescência (entre
8 e 12 anos) deve ser a fase do silêncio sexual, imprescindível para o
amadurecimento da criança.
Quando uma criança cresce viciada em
TV, ela passa sua infância achando que está vivendo num mundo de fantasia.
Quando entra na adolescência, não consegue sair do mundo da magia e o que mais
se aproxima com o fantasioso mundo da TV é a DROGA.
Sugestões para amenizar os malefícios
apontados:
- Crianças até três anos não devem
assistir à televisão;
- Limitar o tempo da criança diante da
TV;
- Estabelecer horários para a criança
assistir à TV;
- Acompanhar o que o pequeno assiste;
-Analisar as imagens recepcionadas pelas
crianças, fazendo questionamentos quanto aos valores que são passados pela
televisão e fazê-la perceber e entender a escala de valores morais que
reputamos como correta, porque baseada em nossa visão espírita de homem e de
mundo;
- Reciclar os brinquedos das crianças
para substituir a TV (brinquedos educativos);
- Estimular as crianças levando-as para
fazer passeios culturais – teatros, museus, bibliotecas, etc;
- Estimular a leitura e
conseqüentemente o estudo – Pai e Mãe são o espelho dos filhos, os que lêem e
estudam naturalmente terão filhos interessados na leitura;
- Levar os filhos para a Evangelização
Infantil.
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