UM
DESAFIO CHAMADO ADOÇÃO
Enviado em 17
de setembro de 2013 | Publicado por Rádio Boa Nova
Adotar uma
criança. Muitas pessoas têm dúvidas e preconceitos no momento de tomar esta
decisão. Atualmente, existem 5.471 crianças e adolescentes cadastradas para
adoção no CNA – Cadastro Nacional de Adoção.
Do número de
candidatos dispostos a adoção, o número que tem preferência por crianças
brancas é maior daqueles que tem predileção por outras raças. Segundo o CNA, os
números são assustadores: 9.474 pessoas preferem brancos contra 1.631 que
aceitam pardos ou negros.
A 2ª Vara da
Infância e da juventude de Natal, informou no ano de 2009, que 80% dos pedidos
de inscrição de pessoas que gostariam de adotar uma criança, é por motivo de
infertilidade.
Para
interessados o Portal da Adoção informa perfis específicos para adotar uma
criança, como por exemplo, se casais homoafetivos podem adotar e o que é
necessário para estar apto à adoção.
Família
Fraternal: adoção no espiritismo
O Evangelho
Segundo o Espiritismo traz a informação que temos duas famílias: a espiritual e
a corporal. Na corporal, a que viemos por meio da reencarnação. Nem filhos
adotados e nem biológicos são almas estranhas umas às outras. Pais e filhos
adotivos também são companheiros, prováveis membros da mesma família
espiritual.
No livro
Constelações Familiares, de Joanna de Angelis, a adoção é tratada como uma
forma de nossas aspirações espirituais, não apenas quando não temos filhos, mas
principalmente quando já temos filhos e buscamos outros filhos.
Nestes casos,
o desafio está na educação dessas crianças, quando os pais tentam suprir alguma
carência que imaginam que a criança possa ter. O médium Divaldo Franco nos
alerta para a forma de educar uma criança adotada: “Amar com piedade, não é
amor. É um sentimento conflitivo que nós transferimos para anular a culpa. A
criança foi rejeitada e nós espíritas sabemos que é um problema de
reencarnação. O importante é educá-la para que não fiquem desamparadas no
futuro”, encerra ele.
Visão de
quem foi adotado:
Cláudio
Roberto Palermo é produtor, locutor e palestrante, foi adotado quando tinha
meses de idade e traz sua visão de quem foi adotado e dá sua opinião sobre
contar para a criança desde sempre:
“É estranho
descobrir um dia que você é adotado, no meu caso meus pais só contaram quando
eu tinha 20 anos, é como se sua história vivida até aquele momento fosse uma
mentira, num primeiro momento vem a raiva por mentirem, num segundo vem uma
série de pensamentos tentando explicar a causa de tudo isto.
Saber que sua
mãe biológica te largou é a pior das sensações, você fica imaginando as cenas
de um bebê sendo gerado, mas sem amor real, sem preocupações normais de um pai
e mãe. É algo que você leva interiormente pra sempre. Difícil de ser superado!
Hoje entendo
que deve-se falar para a criança desde o início, a verdade é sempre menos
impactante quando falada com razão, amor e sensibilidade.”
Fonte:
http://radioboanova.com.br/editorial/desafio-chamado-adocao/
Os
órfãos
Meus irmãos, amai os órfãos.
Se soubésseis quanto é triste ser só e abandonado, sobretudo na infância! Deus
permite que haja órfãos, para exortar-nos a servir-lhes de pais.
Que divina caridade amparar uma pobre
criaturinha abandonada, evitar que sofra fome e frio,
dirigir-lhe a alma, a fim de que não desgarre
para o vício! Agrada a Deus quem estende a mão
a uma criança abandonada, porque compreende e
pratica a sua lei. Ponderai também que
muitas vezes a criança que socorreis vos foi
cara noutra encarnação, caso em que, se
pudésseis lembrar-vos, já não estaríeis
praticando a caridade, mas cumprindo um dever.
Assim, pois, meus amigos, todo sofredor é
vosso irmão e tem direito à vossa caridade: não,
porém, a essa caridade que magoa o coração, não
a essa esmola que queima a mão em que
cai, pois frequentemente bem amargos são os
vossos óbolos! Quantas vezes seriam eles
recusados, se na choupana a enfermidade e a
miséria não os estivessem esperando! Dai delicadamente, juntai ao beneficio que
fizerdes o mais precioso
de todos os benefícios: o
de uma boa palavra, de uma carícia, de um
sorriso amistoso.
Evitai esse ar de proteção, que equivale a
revolver a lâmina no coração que sangra e
considerai que, fazendo o bem, trabalhais por
vós mesmos e pelos vossos. - Um Espírito
familiar. (Paris, 1860.)
Fonte: Kardec, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
Tradução de Guillon Ribeiro. Brasília: Feb, 1944.
Ante
a orfandade
Boletim SEI
Adriana e Eliel ficaram
famosos em Sorocaba (SP), e no restante do país, depois que um gesto muito
especial deles ganhou as páginas dos jornais. O casal decidiu adotar, de uma só
vez, cinco crianças, filhas da mesma mãe biológica, uma antiga vizinha.
“Eu vi todos esses meninos
crescerem, mas a mãe deles se envolveu com um traficante” – conta Adriana, que
diz ter ficado de coração partido ao ver as crianças perambulando sem rumo pelo
bairro, o que a fez pensar em adoção. Ao saber da ideia, o marido não titubeou.
O processo de adoção demorou
cerca de um ano, e, com a guarda definitiva, Adriana, que já tem um filho de 18
anos, e o marido, passaram a dividir a atenção com os mais novos membros da
família: Diego, de 15 anos; Eduardo, de 13 anos; Talita, de 9 anos; Leonardo,
de 7 anos; e Thainara, de 2 aninhos.
Morando numa casa humilde da
periferia da cidade, o casal garante que todos vivem felizes debaixo do mesmo
teto e que não passam dificuldades. “Ganhamos cestas básicas e nos ajeitamos na
casa pequena. O importante é que eles não foram separados” – arremata ela, que
todos os dias serve 25 pães para a família, mais um quilo de feijão, arroz e
carne.
As crianças adotadas dizem
que hoje estão felizes. “Eu pensei em fugir, se fossem nos entregar para
estranhos. Hoje temos comida, roupa e amor” – conta Diego, o mais velho.
“Quero que eles se
transformem em pessoas honestas e trabalhadoras” – conclui Adriana.
As informações são da
reportagem “Casal adota cinco filhos de uma só vez em Sorocaba”, do UOL
Notícias.
***
A respeito do tema, vale
lembrar a página “Ante a orfandade”, de Emmanuel, parte do livro “Família” (ed.
CEU), psicografado por Chico Xavier:
“Cultivarás a semente nobre
que te supre de pão.
Protegerás a árvore
respeitável que te assegura a bênção do reconforto.
E plantarás na infância o
porvir que te espera.
Recolhe, sim, a criança que
chora a ausência do braço paterno ou que se lastima ante a falta do regaço
materno que a morte lhe suprimiu.
A dor dos que vagueiam sem
rumo é grito de aflição que clama no seio augusto da Eterna Bondade.
Não abandones à orfandade
moral os corações pequeninos que o Céu te confia ao apoio à vizinhança.
Não te julgues exonerado do
dever de assistir a todos aqueles que, em plena aurora da vida humana, te
defrontam a marcha.
Todos eles aguardam-te a
palavra de instrução e carinho e a tua demonstração de solidariedade e de amor.
Orientam-se por teus passos, guiam-se por teu verbo e atendem por teu chamado.
Agora assimilam-te os gestos
e ouvem-te as assertivas e, mais tarde, reconduzir-te-ão a mensagem do exemplo
às existências de que se rodeiam.
O mundo de hoje é o retrato
fiel dos homens de ontem que no-lo transmitiram com as qualidades e os defeitos
de que se nutriam no campo das próprias almas.
A Terra de amanhã será,
inelutavelmente, o reflexo de nós mesmos.
Não te comovas tão somente
perante o sofrimento que sufoca milhares de pequeninos.
Faze algo.
Começa diante daqueles que o
Senhor te localiza junto aos próprios sonhos, no instituto doméstico, para que
as tuas esperanças no bem não se resumam à fantasia.
Recorda que os meninos da
atualidade estão endereçados à posição de senhores do lar que te acolherá no
grande futuro e neles encontrarás a colheita do que houveres semeado, de vez
que a lei é sempre a lei multiplicando os bens e os males da vida, conforme a
plantação que fizermos, no descaso ou na vigilância, no trabalho ou na
preguiça, nos precipícios da sombra ou nas eminências da luz.”
(Extraído de Boletim SEI nº.
2220, de Janeiro/2013 – www.boletimsei.com.br)
Fonte:
http://www.seal.org.br/index.php/mp-artigos/11-diversos/1774-ante-a-orfandade