terça-feira, 16 de julho de 2013

VII ENCONTRÃO DE EVANGELIZADORES

Olá pessoal,
Convido-lhes a se inscreverem para participar do VII Encontrão de Evangelizadores, que irá ocorrer entre os dias 19 e 21 de julho. Lembrando que no dia 21 não teremos atividades com as famílias na Piedade para que possamos nos fazer presentes nesse encontro. O tema do encontro desse ano será a "Inclusão". Mais informações, como contatos para inscrição e locais onde ocorrerão o evento, podem ser verificadas no cartaz ao lado.

Abraço 
Dário
Coordenador da Escola de Pais
GEPE Piedade



sábado, 13 de julho de 2013

TEXTO PARA ESTUDO DOMINGO DIA 14 DE JULHO DE 2013

A quem puxou essa criança?
 
O corpo deriva do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito (LE: q. 207).
 
- A quem puxou essa criança, agindo dessa forma? 
Este é um questionamento tradicional e corriqueiro que ouvimos de muitos ao presenciarem a ação ou reação de uma criança diante de certas situações ou estímulos. Sem dúvida, a pergunta tem origem na crença materialista de que os filhos herdam os caracteres morais e psicológicos dos pais ou de seus antepassados. Resquício inconsciente do traducionismo, doutrina religiosa que postula serem os filhos derivação da alma dos pais no momento de sua geração, como um ramo deriva da árvore. Santo Agostinho esposava esse pensamento, o qual foi adotado por muitos teólogos protestantes, pois ajuda a explicar a transmissão do pecado original. O traducionismo se opõe ao criacionismo do qual falamos quando tratamos da origem da alma. 
A crença na hereditariedade de características psicológicas, intelectuais e morais é tão forte que até mesmo os pais espíritas, sabedores de que o Espírito não herda do Espírito, deixam-se vencer pelo atavismo e chegam a responder à pergunta acima, dizendo que “puxou ao pai”, ou “puxou à mãe", ou mesmo “ao avô ou avó”, e assim por diante.
Quais prejuízos poderão causar essa falsa concepção dos pais na educação moral e espiritual de seus fi1hos?
Ora! admitindo-se que a criança puxou a alguém da família nos seus caracteres morais, diminui, inconscientemente, a disposição dos pais de corrigi-la por não “ter culpa de ser como é": seus pendores morais foram herdados de alguém, até mesmo bastante respeitado pelo que foi e pelo que fez. Vai surgir uma pontinha de vaidade que fortalece a concepção errada, mas cômoda do ponto de vista da educação, como se aquele alguém fosse a criança de hoje. Fica no trono o determinismo biológico, como querem os materialistas. Os genitores, acomodando-se à teoria da herança moral descuidam-se de ver nos procedimentos do seu filho as suas tendências espirituais que devem ser levadas em alta consideração.
É vital para a reeducação espiritual da criança que essa filosofia seja rejeitada, dando 1ugar ao ensinamento dos Espíritos Superiores a Allan Kardec. Com eles aprendemos o verdadeiro porquê das semelhanças morais entre pais, filhos e demais parentes consangüíneos, explicadas pela afinidade espiritual entre si.
O Codificador pergunta aos Espíritos de onde se originam as parecenças morais que costumam haver entre pais e filhos, e a resposta foi que “uns e outros são Espíritos simpáticos que reciprocamente se atraíram pela analogia dos pendores” (LE: q. 207). Nós, Espíritos imortais, ao longo de nossas experiências na esteira do tempo, assumimos diversas personalidades e vamo-nos filiando aos que se nos assemelham em ideais, hábitos e gostos, formando assim, uma grande comunidade, cujos membros - numa primeira hipótese – se comprazem em se reencontrar na mesma família, como filhos, pais, irmãos, primos, avós etc., e - numa segunda hipótese - são atraídos, independentemente de suas vontades, pela lei de afinidade, a se reunirem para um ajuste com as leis divinas. Vo1tamos, portanto, ao mundo físico por diversas vezes, em famílias consangüíneas diferentes e nos aproximamos socialmente uns dos outros por razões de afinidades e imperativo da lei de causa e efeito. Se dois jovens se reencontram para o matrimônio programado no mundo espiritual seus futuros fi1hos poderão ter semelhanças morais muito fortes com os avós ou com alguém das duas famílias, por fazerem parte da grande comunidade espiritual. 
Quanto às semelhanças físicas, a essas se submete, relativamente,o Espírito ao reencarnar, segundo as suas necessidades, ou seja, em conformidade com seus merecimentos e sua programação de vida. Dissemos “relativamente” porque a lei da hereditariedade nem sempre submete o Espírito. André Luiz ensina que "o corpo herda naturalmente do corpo, segundo as disposições da mente que se ajusta a outras mentes, nos circuitos da afinidade, cabendo, pois, ao homem responsável reconhecer que a hereditariedade relativa mas não compulsória lhe talhará o corpo físico de que necessita em determinada encarnação [...]”[1] (grifamos). Logo, a consciência profunda do Espírito reencarnante é que interfere na genética e determina a organização celular. O estágio evolutivo do reencarnante vai estabelecer o quanto ele se submeterá aos imperativos genéticos dos seus pais, considerando ainda os propósitos da nova experiência na carne. Se para ele for significativo adquirir como herança genética tal ou qual desarmonia somática de um dos seus país, assim acontecerá para que o fato venha a cooperar com seu progresso moral. Caso contrário, renascerá com total integridade física e mental, não apresentando nenhuma desarmonia biológica e psíquica.
O conhecimento dessa realidade contribui substancialmente para que os pais melhor conduzam a educação dos seus filhos: Espíritos na busca de sua libertação, necessitando contar com o amor e a força moral daqueles. Ter a certeza de que “os Espíritos formam grupos ou famílias entrelaçados pela afeição, pela simpatia e pela semelhança das inclinações" (EE: cap. IV, itern 18) favorece o entendimento de que pais e filhos estão juntos novamente e por uma única razão: a de aprenderem a se amar e de trabalharem juntos pelo seu mútuo adiantamento.
Detectadas as semelhanças de caráter entre pais e filhos ou com outros parentes, convêm aos genitores refletir a respeito. Se boa a semelhança, cooperar para que a alma a cultive; se má, buscar corrigi-1a.
Os pais, despindo-se da vaidade, deverão se considerar, também, responsáveis por tal ou qual traço de caráter do seu filho, pois, em se tratando de moral, não sendo produto da educação deformada, será da afinidade espiritual, conforne aprendemos. Diante desta verdade, não há por que admitir que os caracteres morais dos fihos são heranças psicológicas desse ou daquele membro da família consangüínea. Vale lembrar que somos um Espírito com um corpo, e não um corpo com um Espírito, cabendo a este o domínio sobre aquele. “A matéria é apenas o envoltório do Espírito como o vestuário o é do corpo. Unindo-se a este, o Espírito conserva os atributos da natureza espiritua1" (LE:q.367). 
 
 
Fonte: ALMEIDA, Waldehir Bezerra de. Criança: uma abordagem espírita. Matão-SP: Casa Editora “O Clarim”, 2007 



[1] Francisco Cândido XAVIER e Waldo VIEIRA, em Evolução em dois mundos, pelo Espírilo André Luiz, p. 58-59.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

TEXTO PARA ESTUDO DOMINGO DIA 07 DE JULHO DE 2013

O HOMEM DE BEM

3. O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem.
            Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas.
            Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais.
            Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar.
            Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça.
            Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa.
            O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus.
            Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam.
            Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor.
            Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado.
            É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: “Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado.”
            Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal.
            Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.
            Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros.
            Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado.
            Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões.
            Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram.
            O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. (Cap. XVII, nº 9)
            Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus.
            Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz.


Fonte: Kardec, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. Brasília: Feb, 1944.