A suavidade consegue esculpir.
Ali, o pequeno rio transforma-se numa caudalosa corrente, e se divide em dezenas de cachoeiras.
Quem caminha por aquele lugar escuta a música das águas e encontra, de repente, uma gruta, debaixo de uma das quedas d´água.
Observando cuidadosamente as pedras gastas pelo tempo, as formas que a natureza cria com paciência, vê-se escrito numa placa, os seguintes versos de Rabindranath Tagore:
Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.
Onde a dureza só faz destruir, a suavidade consegue esculpir.
* * *
A lição do poeta é de extrema profundidade.
Somente com suavidade,paciência e calma, conseguimos esculpir o nosso íntimo, realizando a reforma de nossas almas com o objetivo de encontrar felicidade e consequentemente transmitir felicidade.
Somente com suavidade, paciência e calma, conseguimos esculpir o nosso mundo, realizando sua modificação para melhor.
O martelo que destrói está nas críticas cruéis, nas palavras grosseiras que saem de nossas bocas e ferem a auto-estima das pessoas à nossa volta.
Enquanto a doçura da água está nos conselhos edificantes, na atenção e paciência com que ouvimos a alguém, nas palavras de estímulo, no elogio animador.
O martelo destruidor está no acúmulo da culpa em nosso coração, na auto-exigência desequilibrada, na falta de amor próprio, na deselegância de um pronunciado.
A docilidade da água está na compreensão de nossas dificuldades, no auto-perdão, e na disposição constante para corrigir os nossos erros.
Em nossos dias, na análise de nosso comportamento, de nossas ações, lembremos sempre da delicadeza da água moldando as rochas através dos tempos.
Procuremos conquistar a paciência e a tranqüilidade, certos de que são virtudes dinâmicas, que nos fazem seres pacíficos.
Que as palavras do poeta indiano nos sirvam de guia, de inspiração:
Não foi o martelo que deixou perfeitas estas pedras, mas a água, com sua doçura, sua dança, e sua canção.
Onde a dureza, a grosseria só faz destruir, a suavidade consegue esculpir. * * * A suavidade, a delicadeza, são o amor expresso nas pequenas coisas, nos gestos aparentemente simples, mas que revelam nossa preocupação com o próximo.
Autor: Redação do Momento Espírita, com base em Yomaktub.
A Doutrina Espírita é universidade de redenção para quem aprende ensinando a ensinar, tanto quanto, para aquele que ensina e aprende ao ensinar.
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