terça-feira, 26 de junho de 2012

ESTUDO DO DIA 01/07 – FAZER O BEM SEM OSTENTAÇÃO

Texto que estudaremos no próximo domingo dia 01/07:
Tema: FAZER O BEM SEM OSTENTAÇÃO
1. Tende cuidado em não praticar as boas obras diante dos homens, para serem vistas, pois, do contrário, não recebereis recompensa de vosso Pai que está nos céus. -Assim, quando derdes esmola, não trombeteeis, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua recompensa. - Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita; - a fim de que a esmola fique em segredo, e vosso Pai, que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. - (S. MATEUS, cap. VI, vv. 1 a 4.)
2. Tendo Jesus descido do monte, grande multidão o seguiu. - Ao mesmo tempo, um leproso veio ao seu encontro e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, poderás curar-me. - Jesus, estendendo a mão, o tocou e disse: Quero-o, fica curado; no mesmo instante desapareceu a lepra. - Disse-lhe então Jesus: abstém-te de falar disto a quem quer que seja; mas, vai mostrar-te aos sacerdotes e oferece o dom prescrito por Moisés, a fim de que lhes sirva de prova. (S. MATEUS, cap. VIII, vv. 1 a 4.)
3. Em fazer o bem sem ostentação há grande mérito; ainda mais meritório é ocultar a mão que dá; constitui marca incontestável de grande superioridade moral, porquanto, para encarar as coisas de mais alto do que o faz o vulgo, mister se torna abstrair da vida presente e identificar-se com a vida futura; numa palavra, colocar-se acima da Humanidade, para renunciar à satisfação que advém do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus. Aquele que prefere ao de Deus o sufrágio dos homens prova que mais fé deposita nestes do que na Divindade e que mais valor dá à vida presente do que à futura. Se diz o contrário, procede como se não cresse no que diz.
Quantos há que só dão na esperança de que o que recebe irá bradar por toda a parte o benefício recebido! Quantos os que, de público, dão grandes somas e que, entretanto, às ocultas, não dariam uma só moeda! Foi por isso que Jesus declarou: "Os que fazem o bem ostentosamente já receberam sua recompensa." Com efeito, aquele que procura a sua própria glorificação na Terra, pelo bem que pratica, já se pagou a si mesmo; Deus nada mais lhe deve; só lhe resta receber a punição do seu orgulho.
Não saber a mão esquerda o que dá a mão direita é uma imagem que caracteriza admiravelmente a beneficência modesta. Mas, se há a modéstia real, também há a falsa modéstia, o simulacro da modéstia. Há pessoas que ocultam a mão que dá, tendo, porém, o cuidado de deixar aparecer um pedacinho, olhando em volta para verificar se alguém não o terá visto ocultá-la. Indigna paródia das máximas do Cristo! Se os benfeitores orgulhosos são depreciados entre os homens, que não será perante Deus? Também esses já receberam na Terra sua recompensa. Foram vistos; estão satisfeitos por terem sido vistos. E tudo o que terão.
E qual poderá ser a recompensa do que faz pesar os seus benefícios sobre aquele que os recebe, que lhe impõe, de certo modo, testemunhos de reconhecimento, que lhe faz sentir a sua posição, exaltando o preço dos sacrifícios a que se vota para beneficiá-lo? Oh! para esse, nem mesmo a recompensa terrestre existe, porquanto ele se vê privado da grata satisfação de ouvir bendizer-lhe do nome e é esse o primeiro castigo do seu orgulho. As lágrimas que seca por vaidade, em vez de subirem ao Céu, recaíram sobre o coração do aflito e o ulceraram. Do bem que praticou nenhum proveito lhe resulta, pois que ele o deplora, e todo benefício deplorado é moeda falsa e sem valor.
A beneficência praticada sem ostentação tem duplo mérito. Além de ser caridade material, é caridade moral, visto que resguarda a suscetibilidade do beneficiado, faz-lhe aceitar o benefício, sem que seu amor-próprio se ressinta e salvaguardando-lhe a dignidade de homem, porquanto aceitar um serviço é coisa bem diversa de receber uma esmola. Ora, converter em esmola o serviço, pela maneira de prestá-lo, é humilhar o que o recebe, e, em humilhar a outrem, há sempre orgulho e maldade. A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e engenhosa no dissimular o benefício, no evitar até as simples aparências capazes de melindrar, dado que todo atrito moral aumenta o sofrimento que se origina da necessidade. Ela sabe encontrar palavras brandas e afáveis que colocam o beneficiado à vontade em presença do benfeitor, ao passo que a caridade orgulhosa o esmaga. A verdadeira generosidade adquire toda a sublimidade, quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha meios de figurar como beneficiado diante daquele a quem presta serviço. Eis o que significam estas palavras: "Não saiba a mão esquerda o que dá a direita."

Fonte de Pesquisa: Kardec, Por Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Disponível em  http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/es/index.html. Capturado em: 26/ 06/ 2012.

terça-feira, 19 de junho de 2012

ESTUDO DO DIA 24/06 – O ADOLESCENTE E A SUA SEXUALIDADE

Texto que estudaremos no próximo domingo dia 24/06:
Tema: O ADOLESCENTE E A SUA SEXUALIDADE

A ignorância responde por males incontáveis que afligem a criatura humana e confundem a sociedade. Igualmente perversa é a informação equivocada, destituída de fundamentos éticos e carente de estrutura de lógica.
Na adolescência, o despertar da sexualidade é como o romper de um dique, no qual se encontram represadas forças incomensuráveis, que se atiram, desordenadas, produzindo danos e prejuízos em relação a tudo quanto encontram pela frente.
No passado, o tema era tabu, que a ignorância e a hipocrisia preferiam esconder, numa acomodação na qual a aparência deveria ser preservada, embora a conduta moral muitas vezes se encontrasse distante do que era apresentado.
Estabelecerase, subrepticiamente, que o imoral era a sociedade tomar conhecimento do fato servil e não o praticálo às ocultas. À medida que os conceitos se atualizaram, libertandose dos preconceitos perniciosos, ocorreu o desastre da libertinagem, sem que houvesse mediado um período de amadurecimento emocional entre o proibido e o liberado, o que era considerado vergonhoso e sujo e o que é biológico e normal.
Evidentemente, após um largo período de proibição, imposta pela hegemonia do pensamento religioso arbitrário, ao ser ultrapassado pelo imperativo do progresso, surgiriam a busca pelo desenfreado gozo a qualquer preço e a entrega aos apetites sexuais, como se a existência terrena se resumisse unicamente nos jogos e nas conquistas da sensualidade, terminando pelo tombo nas excentricidades, nos comportamentos patológicos e promíscuos do abuso.
A sociedade contemporânea encontrase em grave momento de conduta em relação ao sexo, particularmente na adolescência. Superada a ignorância do passado, contempla, assustada, os desastres morais do presente, sofrendo terríveis incertezas acerca do futuro.
A orientação sexual sadia é a única alternativa para o equilíbrio na adolescência, como base de segurança para toda a reencarnação.
A questão, façase justiça, tem sido muito debatida, porém as soluções ainda não se fizeram satisfatórias. A visão materialista da vida, estimulando uma filosofia hedonista, responde pelos problemas que se constatam, em razão do conceito reducionista a que se encontra relegada a criatura humana.
Sem dúvida, o sexo faz parte da vida física, entretanto, tem implicações profundas nos refolhos da alma, já que o ser humano é mais do que o amontoado de células que lhe constituem o corpo. Por essa razão, os conflitos se estabelecem tendose em vista a sua realidade espiritual, com anterioridade à forma atual, e complexas experiências vividas antes, que não foram felizes.
Talvez, em razão de ignorarem ou negarem a origem do ser, como Espírito imortal que é, inúmeros psicólogos, sexólogos e educadores limitamse, com honestidade, a preparar a criança de forma que apenas conheça o corpo, identifique suas funções, entre em contato com a sua realidade física. A proposta é saudável, inegavelmente; todavia, o corpo reflete os hábitos ancestrais, que provêm das experiências anteriores, vivenciadas em outras existências corporais, que imprimiram necessidades, anseios, conflitos ou harmonias que ora se apresentam com predominância no comportamento.
O conhecimento do corpo, a fim de assumirlhe os impulsos, propele o adolescente para a promiscuidade, a perversão, os choques que decorrem das frustrações, caso não esteja necessariamente orientado para entender o complexo mecanismo da função sexual, particularmente nas suas expressões psicológicas.
Inseguranças e medos, muito comuns na adolescência, procedem das atividades mal vividas nas jornadas anteriores, que imprimiram matrizes emocionais ou limitações orgânicas, deficiências ou exaltação da libido, preferências perturbadoras que exigem correta orientação, assim como terapia especializada.

Aos pais cabe a tarefa educativa inicial. Todavia, mal equipados de conhecimentos sobre conduta sexual, castram os filhos pelo silêncio constrangedor a respeito do tema, deixandoos desinformados, a fim de que aprendam com os colegas pervertidos e viciados, ou os liberam, ainda sem estrutura psicológica, para que atendam aos impulsos orgânicos, sem qualquer ética ou lucidez a respeito da ocorrência e das suas consequências inevitáveis.
Reunindose em grupos para intercâmbio de opiniões e experiências de curiosidade, os adolescentes ficam a mercê de profissionais do vício, que os aliciam mediante as imagens da mídia perversa e doentia ou da prostituição, hoje disfarçada de intercâmbio descompromissado, para atender àqueles impulsos orgânicos ou de viciação mental, em relacionamentos rápidos quão insatisfatórios.
Quando se pretende transferir para a Escola a responsabilidade da educação sexual, correse o risco, que deverá ser calculado, de o assunto ser apresentado com leveza, irresponsabilidade e perturbação do próprio educador, que vive conflitivamente o desafio, sem que o haja solucionado nele próprio de maneira correta.
Anedotário chulo, palavreado impróprio, exibição de aberrações, normalmente são utilizados como temas para as aulas de sexo, a desserviço da orientação salutar, mais aturdindo os adolescentes tímidos e inseguros e tornando cínicos aqueles mais audaciosos.
A questão da sexualidade merece tratamento especializado, conforme o exige a
própria vida. O ser humano não é somente um animal sexual, mas também racional, que desperta para o comando dos instintos sob o amparo da consciência. Todos os seus atos merecem consideração, face aos efeitos que os sucedem.
No que diz respeito ao sexo, este requer o mesmo tratamento e dignificação que são dispensados aos demais órgãos, com o agravante de ser o aparelho reprodutor, que possui uma alta e expressiva carga emocional, desse modo requisitando maior soma de responsabilidade, assim como de higiene e respeito moral.
O controle mental, a disciplina moral, os hábitos saudáveis no preenchimento
das horas, o trabalho normal, a oração ungida de amor e de entrega a Deus, constituem metodologia correta para a travessia da adolescência e o despertar da idade da razão com maturidade e equilíbrio.
O sexo orientado repousa e se estimula na aura do amor, que lhe deve constituir o guia seguro para equacionar todos os problemas que surgem e preserválo dos abusos que alucinam.
Sexo sem amor é agressão brutal na busca do prazer de efêmera duração e de resultado desastroso, por não satisfazer nem acalmar.
Quanto mais seja usado em mecanismo de desesperação ou fuga, menos tranquilidade proporciona.
Tendose em vista a permuta de hormônios e o fenômeno biológico procriativo, o sexo deve receber orientação digna e natural, sem exagero de qualquer natureza ou limitação absurda, igualmente desastrosa.
A força, não canalizada, deixada em desequilíbrio, danifica e destrói, seja ela qual for. A de natureza sexual tem conduzido a história da humanidade, e, porque, nem sempre foi orientada corretamente, os desastres bélicos que sucederam as hecatombes morais, sociais, espirituais, têm sido a colheita dos grandes conquistadores e líderes doentios, reis e ditadores ignóbeis, que dominaram os povos, arrastandoos em cativeiros hediondos, porque não conseguiram dominarse, controlar essa energia em desvario que os alucinava.
Examinese qualquer déspota, e nele se encontrarão registros de distúrbios na área do comportamento sexual.
Desse modo, na fase da irrupção da adolescência e dos órgãos secundários, impõese o dever de completarse a orientação do sexo que deve ser iniciada na infância, de forma que o jovem se dê conta que o mesmo existe em função da vida e não esta como instrumento dele.

Fonte de Pesquisa: Franco, Divaldo P., pelo espírito Joana de Angelis. Adolescência e Vida. Disponível em  http://www.luzespirita.org.br/leitura/pdf/L102.pdf. Capturado em 19/06/2012.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

ESTUDO DO DIA 17/06 – RESPEITAR, RESPEITANDO-SE

Texto que estudaremos no próximo domingo dia 17/06:
Tema: RESPEITAR, RESPEITANDO-SE
Ter filhos não é fácil. Criá-los de forma equilibrada frente às nossas dificuldades internas e externas parece mais complicado ainda. Por mais bem intencionados que sejamos, as orientações psicológicas, sociológicas, pedagógicas e espirituais por vezes nos parecem barreiras intransponíveis para as nossas limitações humanas. Aí é que reside a questão: Somos Seres Humanos! Tão humanos quanto nossos filhos! Imperfeitos mas perfectíveis, caminhando dentro de um longo e necessário processo evolutivo!
Essa constatação certamente nos alivia a culpa mas não exime a nossa responsabilidade perante a guarda, proteção, orientação e sustento dos seres que, voluntariamente ou não, permitimos vir ao mundo por nosso intermédio para dar continuidade aos seus planos evolutivos.
Então, apesar de nos reconhecermos como seres imperfeitos mas comprometidos com a nossa evolução e a de nossos filhos, porque é tão difícil encontrar a via mais correta e rápida de ascensão? Por nos faltar maior preparo e empenho, em outras palavras: por insegurança ou preguiça. Pelo simples fato de sermos inseguros quanto ao nosso potencial evolutivo e acomodados para desenvolvê-lo. Por desconhecimento ou falta de fé, permanecemos presos às malhas da acomodação materialista, do medo e das influências negativas.
Como prega a Doutrina Espírita em sua vasta literatura, o autoconhecimento, seguido da busca da autenticidade e do desenvolvimento de nossa essência divina, através da prática dos ensinamentos do Cristo, são os caminhos ou possibilidades que permitirão uma evolução consciente e real.
No tocante a uma adequada orientação de nossos filhos, necessária se faz uma transformação interior e anterior por parte dos pais. Seria o ideal, em primeiro lugar, ser objeto de transformação para depois estar preparado para transformar, apesar de ser comum as duas coisas ocorrerem juntas. Para que possamos compreender e melhorar a relação com os nossos filhos precisamos compreender e melhorar a relação com os nossos filhos precisamos compreender a nossa historia individual, os nossos motivos e objetivos espirituais, além da forma como lidamos com todos eles. Tudo isso não garantirá a resolução de nossos problemas como pais, mas nos ajudará, em muito, a redimensioná-los e fornecer-lhes outros critérios de valor.
Como tudo isso se efetivaria de forma prática? Em primeiro lugar, buscando compreender o contexto familiar em que nascemos. Ao invés de ficarmos justificando nossas falhas empurrando-as para um passado mal compreendido, deveríamos compreender a mensagem que a vida nos proporcionou ao longo do seu caminho. Devemos, então, perdoar e compreender o nosso passado e todas as pessoas que fizeram parte dele, transcendendo-o. Ao fazer isso você vai compreender melhor seu filho, pois vai possuir a sensibilidade de lembrar que você também já foi um. E vai perceber que suas dores e conflitos podem ser iguais aos seus e, se você não estiver alerta, eles poderão perdurar por toda a sua descendência. Alguém tem que quebrar o elo dessa cadeia de enganos. Isso se chama evolução ou transcendência de gerações.
Em segundo lugar, devemos encontrar o nosso Norte, ou seja, o Ser Humano que desejamos nos tornar. Precisamos estabelecer um sério compromisso com o progresso da nossa vida pessoal, profissional e comunitária. O melhor instrumento para iniciar esse processo de mudança seria a busca da autenticidade e a do auto-respeito.
A busca de equilíbrio íntimo, iniciada com a autenticidade e com o auto-respeito, refletir-se-á no conjunto de nossas relações interpessoais e nos conduzirá ao esforço da adoção de três atitudes básicas na educação de nossos filhos: a compreensão, o diálogo e o exemplo.
A compreensão relaciona-se à empatia, a sentir e perceber como nossos filhos sentem e percebem, a nos colocarmos sem seu lugar para em seguida fornecer-lhes a nossa experiência e Amor como alternativa para melhores escolhas. Compreendendo, respeitando o seu modo de ser muitas vezes tão diferente do nosso, de seguir caminhos que não planejamos, de poder, enfim, exercer o seu livre-arbítrio.
O diálogo é o meio mais legitimo de entendimento e aprendizagem. Gritos, repreensões, críticas e surras apenas atendem a quem já perdeu o controle de tudo, inclusive de si mesmo. A clareza, a simplicidade e a honestidade aliadas ao discernimento entre saber quando falar e quando calar, perfazem os instrumentos para esse intercâmbio de experiências e sentimentos.
Finalmente, o Exemplo. Procure ser um bom modelo já que você é o primeiro e o mais marcante da vida de seu filho. Pense bem de si mesmo, cuide-se. Busque o autocontrole e a autoconfiança como metas. Vivencie as orientações que você fornece, buscando sempre a coerência entre o dizer e o fazer. Observe e questione seus valores pessoais, dogmas, condutas, conflitos e apegos. Eles possuirão uma importância considerável na formação do caráter de seu filho.
Nunca subestime a capacidade crítica de seu filho, que quando fareja insegurança e fraqueza do caráter... ou lhe imitará ou o repelirá numa intensidade, por vezes, desastrosa. Para ser respeitando é necessário, portanto, respeitar-se e respeitar. É fazer ao Outro aquilo que gostaríamos que fosse feito a nós mesmos. Eis a máxima Espírita.
Para concluir, é preciso fazer tudo isso com Amor e Alegria. Observemos a escola da vida: Pais tristes, crianças tristes. Pais amargos, crianças infelizes. Pais violentos, crianças agressivas e desequilibradas. Apesar de todo o trabalho que dá, de todas as responsabilidades e dificuldades enfrentadas é preciso fazer valer a pena. Para o bem de todos nós.


Fonte de Pesquisa: Carneiro, Tânia Maria Farias e Barreto, Eryka Florenice Pinheiro (organizadoras). Guia Útil dos Pais – Uma Abordagem Educacional Espírita – 2ª Edição – Fortaleza – CE: Edições GEPE – Grupo Espírita Paulo e Estevão, 2004. (Área de Ensino). 85 a 87p.

terça-feira, 5 de junho de 2012

ESTUDO DO DIA 10/06 – PECADO POR PENSAMENTO. -ADULTÉRIO

Texto que estudaremos no próximo domingo dia 10/06:
Tema: PECADO POR PENSAMENTOS. – ADULTÉRIO
5. Aprendestes que foi dito aos antigos: "Não cometereis adultério. Eu, porém, vos digo que aquele que houver olhado uma mulher, com mau desejo para com ela, já em seu coração cometeu adultério com ela." (S. Mateus, cap. V, vv.27 e 28.)
6. A palavra adultério não deve absolutamente ser entendida aqui no sentido exclusivo da acepção que lhe é própria, porém, num sentido mais geral. Muitas vezes Jesus a empregou por extensão, para designar o mal, o pecado, todo e qualquer pensamento mau, como, por exemplo, nesta passagem: "Porquanto se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, dentre esta raça adúltera e pecadora, o Filho do Homem também se envergonhará dele, quando vier acompanhado dos santos anjos, na glória de seu Pai." (S. MARCOS, cap. VIII, v. 38.)
A verdadeira pureza não está somente nos atos; está também no pensamento, porquanto aquele que tem puro o coração, nem sequer pensa no mal. Foi o que Jesus quis dizer: ele condena o pecado, mesmo em pensamento, porque é sinal de impureza.
7. Esse principio suscita naturalmente a seguinte questão: Sofrem-se as conseqüências de um pensamento mau, embora nenhum efeito produza?
Cumpre se faça aqui uma importante distinção. À medida que avança na vida espiritual, a alma que enveredou pelo mau caminho se esclarece e despoja pouco a pouco de suas imperfeições, conforme a maior ou menor boa-vontade que demonstre, em virtude do seu livre-arbítrio. Todo pensamento mau resulta, pois, da imperfeição da alma; mas, de acordo com o desejo que alimenta de depurar-se, mesmo esse mau pensamento se lhe torna uma ocasião de adiantar-se, porque ela o repele com energia. É indício de esforço por apagar uma mancha. Não cederá, se se apresentar oportunidade de satisfazer a um mau desejo. Depois que haja resistido, sentir-se-á mais forte e contente com a sua vitória.
Aquela que, ao contrário, não tomou boas resoluções, procura ocasião de praticar o mau ato e, se não o leva a efeito, não é por virtude da sua vontade, mas por falta de ensejo. E, pois, tão culpada quanto o seria se o cometesse.
Em resumo, naquele que nem sequer concebe a idéia do mal, já há progresso realizado; naquele a quem essa idéia acode, mas que a repele, há progresso em vias de realizar-se; naquele, finalmente, que pensa no mal e nesse pensamento se compraz, o mal ainda existe na plenitude da sua força. Num, o trabalho está feito; no outro, está por fazer-se. Deus, que é justo, leva em conta todas essas gradações na responsabilidade dos atos e dos pensamentos do homem.
Fonte de Pesquisa: Kardec, Por Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Disponível em  http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/es/index.html. Capturado em: 05/ 06/ 2012.