segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

AMAR AO PRÓXIMO



Para muitos, uma utopia, palavras de efeito...
Para quem aceita os ensinos de Jesus como o único caminho para a felicidade e a paz dos homens, amar ao próximo é um ideal a ser conquistado.
Que humanidade feliz seremos, quando a maior parte dos homens se dispuser a olhar o outro como a um irmão, independente da nacionalidade, da cor da pele, da religião, da sua maneira de ser!
Amar a todos os povos da Terra, procurar compreendê-los na sua história, na sua cultura, orando pelos que se consideram inimigos, para que eles possam perdoar-se uns aos outros para viverem em paz!...
Amar a todos de um mesmo país, respeitando as diferenças físicas, intelectuais, sociais e morais, todos buscando o bem coletivo e todos tendo suas necessidades materiais e espirituais satisfeitas!...
Amar a todos de uma mesma cidade, irmanando-se todos com as mesmas oportunidades de estudo, de trabalho, de convivência...
Amar aos que encontramos no trabalho, nos ônibus, nas ruas, nas lojas, nas filas, nos encontros casuais, vendo-os como pessoas iguais a nós, com inteligência, sentimentos, emoções, que lutam, que sonham...
Amar nossos familiares!
Como amar a todos? Que é amar? Segundo o dicionário: "sentir amor ou ternura por, ter afeição, dedicação, devoção ou querer bem a".
Como sentir ternura ou afeição a quem nos maltrata, a quem nos incomoda!?
Muitos amaram a todos, dos quais destacamos Jesus, o Espírito mais puro, que se dispôs, por Amor, a viver na Terra, numa renúncia e dedicação plenas, para mostrar-nos as leis morais e como devemos proceder para desenvolvê-las em nós. Destacamos também, Francisco de Assis, renunciando a uma vida rica, privilegiada, afastando-se até da convivência familiar, para viver, com liberdade, o amor aos seus irmãos em Deus.
Como desenvolver esse amor que nada exige, que vê o outro, qualquer outro, como um irmão, se temos grande dificuldade em amar familiares, vizinhos, companheiros de trabalho?
Amor é conquista interna de cada indivíduo. O amor pleno está em nós, em nossa essência, visto que somos filhos de Deus, Amor Absoluto.
É nossa tarefa desenvolver esse potencial divino em nós, para que a inteligência não nos leve a permanecermos no orgulho e no egoísmo.
Amar a família! À primeira vista, todos amam suas famílias, mas nem todos os familiares se amam. É aí, no entanto, que temos o próximo mais próximo e é em seu seio que devemos e podemos exercitar o amor, porque é nela que esse sentimento é mais egocêntrico, mais possessivo, mais exigente, Amamos querendo que o outro nos faça feliz, que o outro seja como queremos que ele seja, que siga nossos ideais, nossas verdades.
Não sabemos amar ao outro, amamos a nós próprios: somos egoístas aparentemente bem intencionados.
Amar é confiar, é aceitar e respeitar as diferenças individuais, é querer ver o outro feliz e colaborar para tal.
A família é assim, o melhor lugar para o exercício constante do amor. Para isso, é necessário que os membros mais conscientes da necessidade do amor em nossas vidas e da valorização da família para a satisfação dessa necessidade, amem a todos com desprendimento, sem exigências pessoais, se doem num exercício permanente de renúncia, de humildade em benefício dos demais. "Muito se pedirá a quem muito foi dado", asseverou Jesus.
Amor na família inclui também amar as pessoas que partilham dessa convivência, como empregados domésticos que, muitas vezes, ficam anos e anos, recebendo tratamento diferenciado, embora concorram (e muito) com seu trabalho e dedicação à paz e à harmonia no lar. Por quê excluí-los das alegrias do convívio familiar?
Como viveríamos muito mais felizes no lar, por conseqüência, fora dele, se buscássemos amar a todos que ali adentram!
Consideremos ainda que, quanto mais diferenciados de nós, sejam nossos próximos, melhor para nós, porque são os diferentes que nos ensinam; os iguais facilitam a convivência, mas podem nos levar a uma parada no crescimento espiritual, pela acomodação ao bem-estar desse convívio. As pessoas mais difíceis de serem amadas por nós, forçam-nos a maiores esforços ao controle das nossas reações negativas, auxiliam-nos ao controle de nossas reações negativas, auxiliam-nos a nos conhecer melhor e, assim, nossa auto-educação continua se fazendo.
Lembremo-nos sempre: aqueles a quem temos dificuldade de amar, provavelmente, sentem o mesmo em relação a nós, vendo-nos também como pessoas difíceis.
Precisamos aprender olhar cada pessoa com olhos de simpatia, vontade de gostar dela. Com esta atitude estaremos facilitando o desenvolvimento do amor em nós, ainda que o outro não nos corresponda da mesma maneira.
Jesus nos ensinou: "Amai aos inimigos". Se devemos amar até a quem nos faz mal deliberadamente, quanto mais devemos amar aos que convivem conosco, aos que nos encontramos no dia-a-dia!...
Amar ao próximo, desenvolvendo o amor em nós, deve ser a nossa meta, se queremos ser, a cada dia, pessoas melhores, mais felizes.
O amor ao próximo leva-nos a amarmo-nos sem egoísmo e sem ilusões; leva-nos a amar a Deus e suas leis, trazendo-nos a paz interior, porque então, estaremos sempre rodeados de amigos, de pessoas a quem desejamos tudo o que queremos para nós.
E só assim, vamos nos transformando em melhores esposos, melhores pais, melhores filhos, melhores vizinhos, amigos, irmãos e melhores cidadãos!
A sua referência sobre Doutrina Espírita na Internet
TEXTO: Leda de Almeida Rezende Ebner
de Ribeirão Preto, SP
(Jornal Verdade e Luz Nº 180 de Janeiro de 2001)

Um comentário:

Anônimo disse...

O amor ao próximo se manifesta nas pequenas ações diárias. Comecemos o nosso dia com ações de amor aos nossos irmãos e irmãs, mesmo aqueles que ainda não nos compreendem ou que nós mesmos não compreendemos. A nossa prece matinal pode ser esse ato.