sábado, 1 de fevereiro de 2014

TEXTO PARA ESTUDO DOMINGO DIA 02 DE FEVEREIRO DE 2014

CONSOLADOR PROMETIDO

3. Se me amais, guardai os meus mandamentos; e eu rogarei a meu Pai e ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente
 convosco: – O Espírito de Verdade, que o mundo
 não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós.
 – Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito,
 que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará
 todas as coisas e vos fará recordar tudo o que
 vos tenho dito. (S. J OÃO , 14:15 a 17 e 26.)
4. Jesus promete outro consolador: o Espírito de Verdade,
 que o mundo ainda não conhece, por não estar maduro
 para o compreender, consolador que o Pai enviará para ensinar todas as coisas e para relembrar o que o Cristo há
 dito. Se, portanto, o Espírito de Verdade tinha de vir mais
 tarde ensinar todas as coisas, é que o Cristo não dissera
 tudo; se ele vem relembrar o que o Cristo disse, é que o que
 este disse foi esquecido ou mal compreendido.
O Espiritismo vem, na época predita, cumprir a promessa do Cristo: preside ao seu advento o Espírito de Verdade. Ele chama os homens à observância da lei; ensina
 todas as coisas fazendo compreender o que Jesus só disse
 por parábolas. Advertiu o Cristo: “Ouçam os que têm ouvidos para ouvir.” O Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porquanto fala sem figuras, nem alegorias; levanta o
 véu intencionalmente lançado sobre certos mistérios. Vem,
 finalmente, trazer a consolação suprema aos deserdados
 da Terra e a todos os que sofrem, atribuindo causa justa e
 fim útil a todas as dores.
Disse o Cristo: “Bem-aventurados os aflitos, pois que
 serão consolados.” Mas, como há de alguém sentir-se ditoso por sofrer, se não sabe por que sofre? O Espiritismo
 mostra a causa dos sofrimentos nas existências anteriores
 e na destinação da Terra, onde o homem expia o seu passado. Mostra o objetivo dos sofrimentos, apontando-os como
 crises salutares que produzem a cura e como meio de depuração que garante a felicidade nas existências futuras. O
 homem compreende que mereceu sofrer e acha justo o sofrimento. Sabe que este lhe auxilia o adiantamento e o aceita
 sem murmurar, como o obreiro aceita o trabalho que lhe
 assegurará o salário. O Espiritismo lhe dá fé inabalável no
 futuro e a dúvida pungente não mais se lhe apossa da alma.
 Dando-lhe a ver do alto as coisas, a importância das vicissitudes terrenas some-se no vasto e esplêndido horizonte
 que ele o faz descortinar, e a perspectiva da felicidade que o
 espera lhe dá a paciência, a resignação e a coragem de ir
 até ao termo do caminho.
Assim, o Espiritismo realiza o que Jesus disse do
 Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo
 que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que
 está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de
 Deus e consola pela fé e pela esperança.

Kardec, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. Brasília: Feb, 1944.

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