Texto que estudaremos no
próximo domingo dia 05/07/2015:
Tema: FAZER O BEM SEM OSTENTAÇÃO
1. Tende cuidado em não praticar as boas obras
diante dos homens, para serem vistas, pois, do contrário, não recebereis
recompensa de vosso Pai que está nos céus. -Assim, quando derdes esmola, não
trombeteeis, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem
louvados pelos homens. Digo-vos, em verdade, que eles já receberam sua
recompensa. - Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz
a vossa mão direita; - a fim de que a esmola fique em segredo, e vosso Pai,
que vê o que se passa em segredo, vos recompensará. - (S. MATEUS, cap. VI, vv.
1 a 4.)
2. Tendo Jesus descido do monte, grande
multidão o seguiu. - Ao mesmo tempo, um leproso veio ao seu encontro e o
adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, poderás curar-me. - Jesus, estendendo a
mão, o tocou e disse: Quero-o, fica curado; no mesmo instante desapareceu a
lepra. - Disse-lhe então Jesus: abstém-te de falar disto a quem quer que seja;
mas, vai mostrar-te aos sacerdotes e oferece o dom prescrito por Moisés, a fim
de que lhes sirva de prova. (S. MATEUS, cap. VIII, vv. 1 a 4.)
3. Em fazer o bem sem ostentação há grande mérito; ainda mais meritório
é ocultar a mão que dá; constitui marca incontestável de grande superioridade
moral, porquanto, para encarar as coisas de mais alto do que o faz o vulgo,
mister se torna abstrair da vida presente e identificar-se com a vida futura;
numa palavra, colocar-se acima da Humanidade, para renunciar à satisfação que
advém do testemunho dos homens e esperar a aprovação de Deus. Aquele que prefere
ao de Deus o sufrágio dos homens prova que mais fé deposita nestes do que na
Divindade e que mais valor dá à vida presente do que à futura. Se diz o
contrário, procede como se não cresse no que diz.
Quantos há que só dão na esperança de que o que recebe irá bradar por
toda a parte o benefício recebido! Quantos os que, de público, dão grandes
somas e que, entretanto, às ocultas, não dariam uma só moeda! Foi por isso que
Jesus declarou: "Os que fazem o bem ostentosamente já receberam sua
recompensa." Com efeito, aquele que procura a sua própria glorificação na
Terra, pelo bem que pratica, já se pagou a si mesmo; Deus nada mais lhe deve;
só lhe resta receber a punição do seu orgulho.
Não saber a mão esquerda o que dá a mão direita é uma imagem que caracteriza
admiravelmente a beneficência modesta. Mas, se há a modéstia real, também há a
falsa modéstia, o simulacro da modéstia. Há pessoas que ocultam a mão que dá,
tendo, porém, o cuidado de deixar aparecer um pedacinho, olhando em volta para
verificar se alguém não o terá visto ocultá-la. Indigna paródia das máximas do
Cristo! Se os benfeitores orgulhosos são depreciados entre os homens, que não
será perante Deus? Também esses já receberam na Terra sua recompensa. Foram
vistos; estão satisfeitos por terem sido vistos. E tudo o que terão.
E qual poderá ser a recompensa do que faz pesar os seus benefícios sobre
aquele que os recebe, que lhe impõe, de certo modo, testemunhos de
reconhecimento, que lhe faz sentir a sua posição, exaltando o preço dos
sacrifícios a que se vota para beneficiá-lo? Oh! para esse, nem mesmo a
recompensa terrestre existe, porquanto ele se vê privado da grata satisfação de
ouvir bendizer-lhe do nome e é esse o primeiro castigo do seu orgulho. As
lágrimas que seca por vaidade, em vez de subirem ao Céu, recaíram sobre o
coração do aflito e o ulceraram. Do bem que praticou nenhum proveito lhe
resulta, pois que ele o deplora, e todo benefício deplorado é moeda falsa e sem
valor.
A beneficência praticada sem ostentação tem duplo mérito. Além de ser
caridade material, é caridade moral, visto que resguarda a suscetibilidade do
beneficiado, faz-lhe aceitar o benefício, sem que seu amor-próprio se ressinta
e salvaguardando-lhe a dignidade de homem, porquanto aceitar um serviço é coisa
bem diversa de receber uma esmola. Ora, converter em esmola o serviço, pela
maneira de prestá-lo, é humilhar o que o recebe, e, em humilhar a outrem, há
sempre orgulho e maldade. A verdadeira caridade, ao contrário, é delicada e
engenhosa no dissimular o benefício, no evitar até as simples aparências
capazes de melindrar, dado que todo atrito moral aumenta o sofrimento que se
origina da necessidade. Ela sabe encontrar palavras brandas e afáveis que
colocam o beneficiado à vontade em presença do benfeitor, ao passo que a
caridade orgulhosa o esmaga. A verdadeira generosidade adquire toda a
sublimidade, quando o benfeitor, invertendo os papéis, acha meios de figurar
como beneficiado diante daquele a quem presta serviço. Eis o que significam
estas palavras: "Não saiba a mão esquerda o que dá a direita."
Canais Virtuais de
Comunicação da Escola de Pais:
Nosso blog: http://epgepe.blogspot.com
Grupo de facebook:
https://www.facebook.com/groups/640913815931169/?fref=ts
Nenhum comentário:
Postar um comentário