sexta-feira, 9 de agosto de 2013

TEXTO PARA ESTUDO DOMINGO DIA 11 DE AGOSTO DE 2013

OBSESSÃO NA INFÂNCIA
 
A obsessão na infância é um capítulo muito expressivo para integrar a relação das psicopatogêneses dos disrúrbios de comportamento e mentais, necessitando urgente atendimento especializado, desse modo facultando oportunidades para a recuperação do paciente, para a sua saúde, para o ressarcimento dos seus débitos através do bem que deverá fazer, ao invés do sofrimento que experimenta.[1] 
No capítulo 4 da obra Sexo e Destino, os Espíritos Anacleto e Philomeno de Miranda observam o Padre Mauro (encarnado) no educandário onde trabalhava como professor. No pátio do colégio, Philomeno foi atraído pela animação intensa e jovial das crianças em movimentação. Surpreso, observou que todas elas estavam acompanhadas por Espíritos que apresentavam diversificados caracteres morais, sendo alguns entidades cruéis, que, desde cedo, intentavam perturbá-las psiquicamente. A informação não nos deixa dúvidas quanto ao fato de que a criança, desde o nascimento, poderá estar acompanhada por seres invisíveis com a intenção de levá-la ao fracasso dos seus intentos na atual existência. Continuando com o relato do que observava espantado, o estudiosos Espírito, sempre interessado em compreender cada vez melhor o conúbio entre encarnados e desencarnados, com a finalidade de minimizar as funestas conseqüências físicas e morais para os envolvidos, revela que diversas daquelas crianças “situam-se em processo obsessivo, já que o intercâmbio mental entre os desencarnados e elas era pode demais estreito!” (grifamos) 
É consolador saber que, não obstante ser a criança um Espírito ve1ho, que alberga em si muitas experiências evolutivas, nesse período da infância, recebe maior apoio espiritual, tendo em vista resguardar o programa reencarnacionista a que se submeteu. Como se explica, então, diante da proteção especial, a instalação do processo obsessivo na criança? perguntará o leitor com justa razão. O mentor Anacleto esclarece que a obsessão na infância muitas vezes é continuidade da ocorrência procedente da erraticidade, significando, portanto, que os Espíritos vingativos e viciados reencontram suas vítimas no Além-túmulo e a elas se imantam. Suas influências perniciosas não impedem o processo reencarnatório, é certo, mas criam sérios percalços, dos quais citamos alguns: 
- graves dificuldades no relacionamento entre filhos e pais, alunos e professores;
- irritações, agressividade, indiferença emocional e perversidade;
- dificuldade de compreensão e lentidão no pensamento;
 - enfermidades físicas e distúrbios mentais ou psicológicos. 
Conta-nos a saudosa médium Ivone A. Pereira um caso interessante, o qual resumiremos para o leitor, ficando o convite para consultar a referida obra, objetivando saber mais sobre este assunto.
Uma garota, parente da médium, apresentava comportamentos não comuns a uma criança de dez anos de idade. Consultados os Espíritos, ficou patente a influenciação de seres desencarnados. A menina se apresentava com trejeitos cômicos, caretas horríveis, palavreado piegas ou atrevido, irritando os familiares e escandalizando os estranhos. Além do mais, rebelava-se contra qualquer ação disciplinadora, fazendo-lhe acreditar portadora de distúrbios mentais. Castigos foram aplicados sem nenhum resultado. Rejeitava a prece e os passes que lhe desejavam aplicar. Mas, às vezes, mostrava-se normal, conversava inteligentemente, demonstrando precocidade. 
Consultado o Espírito Charles, um dos mentores da médium, disse ele: “Ela afinou-se com entidades inferiores durante estágio no Espaço, antes da reencarnação. Arrependimento sincero, porém, levou-a, a tempo, a se retirar das mesmas, e desejar encaminhar-se para melhores planos. É médium, ou antes, possuiu faculdades mediúnicas, que futuramente poderão frutificar generosamente, a serviço do próximo, se bem cultivadas. Os antigos companheiros do Invisível assediam-na, tentando reavê-la para o sabor de velhos conluios. Conhecereis o remédio para tais desarmonias. Aplicai-o!”[2]
Ao se constatar, com certeza, que a criança apresenta comportamentos muito diferente do das outras com as quais brinca e convive; que é incontrolável, alternando dos estados agressivos aos de quietude depressiva e, algumas vezes, tentando a autodestruição, pode-se concluir que esteja em processo obsessivo. Nesses casos, o mecanismo terapêutico é um tanto complexo em face de uma enorme ausência de cooperação consciente do enfermo infantil, mas alguns procedimentos – além dos mencionados no capítulo anterior – podem ser encaminhados: 
- tratamento espiritual sério e bem orientado;
- passes magnéticos e água fluidificada; 
- evangelização sob a luz do pensamento espírita; 
- psicoterapia do amor, do esclarecimento, da paciência dos genitores, familiares e educadores, quando possível;
- atitude enérgica, mas sem violência, levando-o a respeitar os limites da sua atuação;
- culto do Evangelho no lar, com a participação dela, mesmo que pareça passiva e que se mantenha inquieta, caso em que os pás devem buscar meios pedagógicos de entretê-la.
O afastamento dos obsessores, que se sentem lesados por razões que desconhecemos, não é nada fácil. Dominados pelo ódio, mostram-se intransigentes e irredutíveis; cristalizados no sentimento de ódio, são refratários a todo tipo de tentativa de esclarecimento. Muitos obsessores são hábeis e inteligentes, perfeitos estrategistas que planejam cada passo e acompanham as “vítimas” por algum tempo, observando suas tendências, seus relacionamentos, seus ideais. Identificam seus pontos vulneráveis e as exploram impiedosos. É fundamental confiar na ajuda das Potestades do Bem buscando o bem. Quando a criança está sofrendo assédio espiritual, toda a família também está, pois ninguém é parente por acaso. 
                         
Fonte: ALMEIDA, Waldehir Bezerra de. Criança: uma abordagem espírita. Matão-SP: Casa Editora “O Clarim”, 2007 


[1]                      Divaldo Pereira FRANCO, em Sexo e Obsessão, pelo espírito Manoel Philomeno de Miranda, p. 56
[2]                      Ivone A. PEREIRA, em Devassando o invisível, p. 107-108.

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