quinta-feira, 22 de novembro de 2012

TEXTO PARA ESTUDO DOMINGO DIA 25 DE NOVEMBRO DE 2012


O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL

“O que representa o Natal para você”?.

A FAMÍLIA UNIVERSAL

Maria do Carmo é uma senhora de sessenta e oito anos bem vividos. Casara-se antes de completar vinte anos. Seu marido fora uma ‘promessa’ de seu pai a um amigo. Na verdade ela é que fora o objeto da promessa. Mas, felizmente casou-se com um bom homem. Não gostava dele, principalmente porque lhe fora imposto o casamento. Com o tempo, em menos de dois anos de convivência, percebeu de quem se tratava. Apaixonou-se por ele. Foi uma bela união, desfeita com a morte dele aos noventa anos.
Não tiveram filhos, o que não prejudicou a felicidade que queriam para si e para os outros. Após dez anos de casados resolveram adotar uma criança. Deram-se tão bem com o filho que, no espaço de seis anos, adotaram mais cinco. Foram seis filhos adotivos. A vocação para ser mãe lhe era tão forte e equilibrada que ela conseguiu dar de mamar a três dos seis filhos, pois a maioria lhe foi dada com dias de nascimento. Tanto ela como o marido os tinham como filhos legítimos, nascidos da alma.
Um deles, o mais moço, foi o único a dar trabalho. Ele tinha um problema na vista esquerda. Não enxergava bem e isso atrapalhou seus estudos e a aceitação de si mesmo. Por esse motivo não se adaptou bem à escola e o jeito foi colocá-lo numa classe especial. Sentia-se discriminado. Porém, foi detectado que ele não tinha só um problema de visão, mas também um déficit intelectual. Nem mesmo conseguia aprender a ler direito. A mãe e o pai tentavam ajudá-lo no seu processo de auto-aceitação.
Por causa das dificuldades desse filho, eles resolveram aprender mais sobre crianças excepcionais. Como tinham condições financeiras equilibradas resolveram abrir uma escola para crianças diferentes. Ele era comerciante, ela lhe ajudava na administração das lojas, e decidiram por abrir mais um ‘negócio’, desta vez sem a preocupação de lucro, porém que fosse auto-sustentável. Descobriram um mundo novo no qual a solidariedade era a moeda de maior valor e o amor era o sentimento que mais se percebia.
Os filhos de Maria do Carmo, à exceção do mais novo, que lhe fez companhia até sua morte acidental quando contava vinte anos, se casaram e tiveram muitos filhos. Ela se dedicava à sua Escola Vida, que para ela era sua própria razão de ser. Sua família não lhe nascera do ventre, mas do seu desejo de amar todos que não tivessem um amor.
A família universal é aquela constituída por espíritos dos mais variados níveis e que se percebem filhos de Deus.
Com efeito, se amais aos que vos amam, que recompensas tendes? (Mateus, 5:46)

O Cristo nos convida ao amor sem limites que começa no amor a alguém. Ainda estamos na condição de quem só vê o que está à frente e não consegue enxergar a luz que brilha no alto. Pensamos que o amor é um sentimento que deve ser praticado apenas com aqueles que nos retribuem. Nem sempre percebemos que na família está a oportunidade de amar aqueles que convivem conosco como um preparo para o grande amor que nos preencherá o espírito.
Porém, os limites do amor se estendem além das fronteiras da família para alcançar aqueles que se encontram em nossa caminhada fora dos laços consanguíneos.
O Cristo nos propõe um amor ainda não experimentado e que deve ser nossa meta maior. Chegar até ele é possível desde que aprendamos a amar os mais próximos de nós. Caso ainda tenhamos no coração a mancha do ódio e o desejo de poder na consciência, estaremos ainda distantes de seu sublime convite.
Para o encontro efetivo com Deus precisamos do coração limpo, da mente estruturada e da experiência adquirida com o conhecimento de Suas leis.

Texto Adaptado Do Livro:  Evangelho e Família (Adenauer Novaes)

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