quarta-feira, 8 de abril de 2015

ESTUDO DO DIA 12/04/2015 – A CORDIALIDADE

Texto que estudaremos no próximo domingo dia 12/04/2015:
Tema: A CORDIALIDADE
Todos sabemos o quanto é agradável tratar e conviver com pessoas educadas. Não se trata aqui daquela educação superficial, mecânica, que comumente existe em pessoas que tentam encobrir o seu grande vazio interior. Falamos sobre pessoas que possuem a alegria, a paz e o amor dentro de si e expressam esses estados da alma sob a forma de gestos, palavras e atitudes fraternas que sinalizam sua superioridade moral. São pessoas que descobriram alguns dos talentos divinos fornecidos a nós por imensa misericórdia divina.
Por diversas ocasiões lembramos aqui a importância do exemplo por parte dos pais na transmissão de ensinamentos nobres na educação de seus filhos. Como também, que servimos de modelo aos nossos filhos não somente nas grandes, mas principalmente nas pequenas atitudes, expressadas quotidianamente o nosso comportamento enquanto cidadãos do mundo.
Apesar de seu limitado uso, as famosas “palavras mágicas” sempre abriram e continuarão abrindo as portas do mundo material e espiritual. Expressões como “bom-dia, boa-tarde, boa-noite, por favor, obrigado, por nada, desculpe-me, perdoe-me, com licença, pois não”... dentre uma infinidade de expressões, podem e devem fazer parte do vocabulário familiar. A palavra tem um enorme poder juntamente com o pensamento que a gesta. Ela eleva ou destrói, a quem ouve e a quem ouve e a quem fala, se formos invigilantes. Como diria o Espírito Miramez: “A palavra educada é o alvorecer da luz no coração. Se conversares somente assuntos construtivos, a tua aura se enriquecerá com a policromia divina, criando em torno de ti uma defesa individual, certamente ajudando a quem te ouve, no mesmo sentido. E, se falares coisas incompatíveis com a moral evangélica, perfurarás a tua própria atmosfera energética, deixando o ladrão assaltar-te, como fantasma da inquietação. E ainda ombrearás com a responsabilidade dos danos causados pela tua sugestão inferior aos que te ouvem”.
Busquemos, portanto, afastarmo-nos da maledicência, dos insultos da ingratidão, da covardia, do desânimo, do egoísmo, da intolerância que tanto caracterizam a incivilidade e a inferioridade espiritual. Comecemos inicialmente a disciplinar nossa própria conduta através da nossa fala e gestos e, posteriormente, eduquemos os nossos pensamentos. Não se engane, a criança reflete o que vê. Se nós reprovamos a conduta incivilizada de nosso filho, podemos estar reprovando a nós mesmos e aos ambientes onde ele convive – geralmente escolhidos por nós. Se, ao contrário, não percebemos nada demais e até nos orgulhamos nos enganando ao acreditar que suas “diabruras” tratam-se de excesso de energia e saúde, então nós é que estamos precisando de auxílio para o nosso egoísmo e irresponsável cegueira.
Em contrapartida, o nosso exemplo, na tentativa de sermos melhores, já é muito na educação do lar, mas não é tudo. Precisamos ter na cordialidade um sustentáculo básico para a educação de nossos filhos. E essa é uma tarefa contínua, que requer persistência, paciência e disciplina e, por vezes, chega a tornar-se cansativa, mas, vale a pena. Nada adquirido sem esforço próprio tem real valor. E a cordialidade é o primeiro portal para a verdadeira caridade.
Esforcemo-nos, portanto, para que nossos filhos iniciem-se na convivência fraterna, que só lhes trará felicidade, através de pequenas palavras e gestos de cordialidade, tais como: evitar gritos desnecessários, palavrões, bem como gestos grosseiros ou obscenos; não interromper as conversas desnecessariamente; evitar mexer indevidamente no que é alheio; não usar de maledicência; agradecer sempre quando beneficiado por qualquer dádiva; respeitar os humildes e mais velhos; dentre tantas outras atitudes que tenham como base a máxima espírita “Fazer e desejar  ao Outro o que desejaríamos que se fizesse ou desejasse a nós”. Lembremos que liberdade excessiva é sinônima de libertinagem, bem como o excesso de liberdade revela abandono e descaso. Toda criança ou adolescente requer e pede limite, principalmente nos momentos de maior rebeldia, por isso significar que alguém zela por ele e preocupa-se com o seu correto encaminhamento na vida.
A boa educação, portanto, não é sinônimo de repressão da espontaneidade, mas o redirecionamento adequado de energias primitivas e inadequadas, transmutando-as em bens da alma, na busca do próprio aperfeiçoamento.
 


Fonte de Pesquisa: Carneiro, Tânia Maria Farias e Barreto, Eryka Florenice Pinheiro (organizadoras). Guia Útil dos Pais – Uma Abordagem Educacional Espírita – 2ª Edição – Fortaleza – CE: Edições GEPE – Grupo Espírita Paulo e Estevão, 2004. (Área de Ensino). 125 a 127p.   

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