Texto que estudaremos no próximo domingo dia 10/05/2015:
Tema: DIFERENÇAS RELIGIOSAS
O aspecto religioso da família
constitui-se em um dos pilares mais potentes para a sustentação do casamento,
no entanto, não raro, acontecem situações em que a religião é um ponto
discordante entre os cônjuges e, às vezes, entre estes e a família.
Antes de abordar o assunto, é interessante
colocar algumas afirmações importantes: Emmanuel (2) afirma que "o
casamento implica o regime de vivência pelo qual duas criaturas se confiam uma
à outra, no campo de assistência mútua", e... "atendendo aos vínculos
do afeto, surge o lar, garantindo os alicerces da civilização".
Kardec (4) comenta as duas espécies de
família: as famílias ligadas pelos laços espirituais e, as ligadas pelos laços
corporais, demonstrando que as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam
no mundo dos espíritos, enquanto que as segundas, se extinguem com o tempo e,
muitas vezes, se dissolvem moralmente, já na existência atual.
No livro "O Consolador",
Emmanuel (1) esclarece que a melhor escola ainda é o lar e que os pais
espíritas cristãos não podem esquecer de seus deveres de orientação aos filhos.
A estas afirmações poderíamos
acrescentar o princípio da reencarnação que a Doutrina Espírita nos oferece
para facilitar o nosso entendimento sobre as dificuldades de relacionamento na
nossa vida.
Com bases nestas afirmações podemos
deduzir que as diferenças existentes entre os cônjuges ou entre eles e a
família, no tocante à religião, é uma aresta a ser trabalhada com muito
carinho, compreensão e bom senso, porque a influência religiosa dá o equilíbrio
e o alicerce ao lar.
Partimos da premissa que situações
como estas devem ser devidamente esclarecidas na fase pré-casamento para que
não ocorram ressentimentos, e isso se faz de maneira bastante simples quando se
entende que somos espíritos em diferentes graus de evolução, espiritualmente
comprometidos, unidos por um vínculo afetivo e com a responsabilidade de
desempenhar uma função educadora e regenerativa.
Se não houve o devido esclarecimento
na fase pré-casamento e há a instalação do problema, é necessário que se defina
alguns pontos importantes: a função da religião no lar e como introduzi-la.
Quando existe a divergência entre os
cônjuges, o exercício do amor, da compreensão e da fé será de grande valia para
despertar entre ambos a confiança e, isto pode ser realizado na convivência
diária e na realização do Evangelho no lar onde se faz a prece, a leitura e o
comentário evangélico, com a possibilidade de ambos externarem suas opiniões.
Na eventualidade do espírita conviver
com a família não espírita, devemos partir do princípio que nem todas as
pessoas nutrem os mesmos sentimentos e que, não podemos esperar que elas tenham
as reações que nós esperamos que tenham. Cada ser apresenta a sua
individualidade, cada um tem a sua experiência, e nestes casos, em se tratando
de família, há necessidade de compreendermos que, como espíritas, não devemos
estimular o proselitismo, e sim praticarmos os conceitos que a Doutrina
Espírita nos oferece e, de maneira oportuna (não oportunista) esclarecermos as
dúvidas com bom senso, demonstrando que o respeito mútuo também é um importante
fator quando se quer conviver bem e evoluir.
Fonte de Pesquisa: Carneiro, Tânia Maria Farias e Barreto, Eryka Florenice Pinheiro
(organizadoras). Guia Útil dos Pais
– Uma Abordagem Educacional Espírita – 2ª Edição – Fortaleza – CE: Edições GEPE
– Grupo Espírita Paulo e Estevão, 2004. (Área de Ensino). 60 a 61p.
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